03 jul, 2020 - 12:41 • Olímpia Mairos
A Associação Comercial do Porto classifica de "ruinoso" o negócio anunciado pelo Governo, que garante ao Estado o controlo da TAP.
“Não estamos contra o governo, mas a favor do país. Este é um assunto da máxima importância para o país. Não podíamos ficar indiferentes e calados. Achamos que vai ser um negócio ruinoso para Portugal”, disse Nuno Botelho.
O presidente da Associação Comercial do Porto, considera que “se o Governo está a apostar numa empresa com uma quantidade de dinheiro tão avultadas, ela tem, de facto, de prestar um serviço público, ser útil e ser realmente uma companhia de bandeira”.
O Governo aprovou na quinta-feira uma resolução que reconhece o interesse público subjacente à operação de auxílio à TAP, no valor de até 1.200 milhões de euros.
O negócio prevê o pagamento de 55 milhões de euros para que David Neeleman saia da transportadora aérea nacional, ficando o Estado com 72,5% da empresa. O empresário Humberto Pedrosa detém 22,5% e os trabalhadores os restantes 5%.
Nuno Botelho, reconhece que com a solução agora encontrada, a providência pode ficar sem efeito, mas diz ser necessário impedir a ajuda a uma empresa que não presta serviço a todo o país.
“Não é normal que um habitante do Minho, de Trás-os-Montes ou do Algarve pague por uma empresa que não lhe presta serviço”, afirma o presidente da Associação Comercial do Porto.
A associação portuense insiste e mantém a providência cautelar que interpôs há duas semanas para travar a injeção de capital público na TAP.
“Esta providência visa impedir que o Estado financie a TAP, onerando todos os contribuintes sem que a empresa preste um serviço público ao país”, afirmou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, o presidente da Associação Comercial do Porto (ACP).
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O Governo anunciou na quinta-feira que chegou a acordo com os acionistas privados da TAP, ficando com 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros, com a aquisição da participação (de 22,5%) até agora detida por David Neeleman. O empresário Humberto Pedrosa detém 22,5% e os trabalhadores os restantes 5%.
O executivo esclareceu que a Atlantic Gateway passa a ser controlada por apenas um dos acionistas que compunha o consórcio, designadamente o português Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro.
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