24 jul, 2020 - 00:00
Sintomas
Ansiedade e medo do futuro. Falta de confiança no futuro.
Sinais clínicos
Depressão económica, queda da economia – em especial serviços. Crescimento económico anémico há 20 anos. Dívida excessiva e dificilmente sustentável (pública e privada).
Exames clínicos e análises
PIB com queda estimada de 7 a 12. Desemprego a atingir tecto de 10/15 por cento.
Terapêutica
A prescrição para a crise económica tem de ser global e não ter palpites nacionais ou de ocasião. Assim como na pandemia não existe abordagem nacional. A ciência é universal e temos, por isso, aplicado e bem terapêutica e medidas seguindo guidelines internacionais de referência (OMS/ Imperial College/etc).
Para esta crise económica temos a ajuda de fundos europeus em dimensão nunca vista e temos de os aplicar sem invenções e desvios do passado.
A Nação tem como doenças crónicas e vícios antigos o amiguismo e cunha, que degeneram facilmente em corrupção – que age como cancro metastizado. Na última década este tumor destruiu instituições financeiras de referência e atingiu o centro do poder executivo.
Temos uma tendência para a navegação à vista e para o palpite em vez de estudo objetivo e planeamento. E quando planeamos gostamos de improvisar.
Desta vez, a terapêutica tem de ser decidida pelos melhores especialistas, não apenas por um ou dois, com abertura e transparência.
Assim como na medicina estamos ao nível dos melhores, na economia devemos seguir exemplos de países com a nossa dimensão e que tiveram crescimento económico robusto ao longo dos últimos anos e décadas.
Terapêutica recomendada
Estratégia racional.
Estado da Nação. Opinião de João Duque
A propósito do debate do Estado da Nação, a Renasc(...)
Objetivo central
Crescimento económico robusto não inferior a três por cento/ano na próxima década.
Aplicar a maioria dos fundos de Bruxelas diretamente nas empresas e na industrialização, nomeadamente nas áreas da saúde (indústria farmacêutica e turismo de saúde ), metalomecânica e agro-indústria.
Aposta no Mar e novas energias renováveis, economia verde, mas sem aventuras e megalomania.
Tornar definitivamente Portugal num Hubb, como refere o professor Costa e Silva, portos, aeroportos e ferrovia de alta velocidade em T deitado, Corunha-Faro e Lisboa/Setúbal/Sines - Madrid.
Modernizar o Estado para podermos diminuir IRC e IRS, sem isso não haverá investimento estrangeiro na nossa economia – e esse é a chave. Os fundos da Europa são os analgésicos, o investimento privado robusto serão os antivíricos eficazes.
A nossa mudança de atitude, com rigor, decência e transparênci , espírito empreendedor e solidário, e, sobretudo, cultura de responsabilidade, trabalho, empenho e ambição serão a vacina.
Investir na formação e educação, e, sobretudo, investir numa cultura de trabalho, esforço , de auto-confiança.
Vencer o vírus do medo, medo do futuro. Se nos aplicarmos e não inventarmos, sem megalomanias, com passos sólidos, deixaremos uma Nação melhor aos nossos filhos .
Objetivo final
Desenvolvimento económico e socialmente equilibrado, sem pobreza e com estado social sustentável, sociedade aberta e cosmopolita.
O futuro só depende de nós!