29 jul, 2020 - 12:36 • Redação
Veja também:
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) levam o ministro da Economia a pensar que “o ponto mais crítico desta contração económica já ficou para trás”, mas o Governo e o país têm de estar "preparados para tudo".
Pedro Siza Vieira respondia aos jornalistas no dia em que foi conhecido que a taxa de desemprego subiu para os 7% em junho, mais 1,1 pontos percentuais do que no mês precedente e mais 0,4 pontos percentuais do que no mesmo mês de 2019. Entre fevereiro e junho, desapareceram cerca de 180 mil empregos.
“Apesar de termos assistido a um crescimento do número de desempregados, verificamos que em junho já houve mais ofertas de emprego e mais colocações de trabalhadores do que em maio. Ainda muito pouco, mas claramente já existe aqui um abrandamento da tendência de subida do desemprego”, destacou o ministro da Economia.
Questionado se o “lay-off” simplificado está a maquilhar estes dados, Siza Vieira admite que “sim”, a medida foi importante para proteger postos de trabalho.
“O inquérito do INE às empresas verificou que 70% das empresas que responderam disseram que se não tivesse sido o lay-off simplificado, provavelmente, teriam criado desemprego. Foi uma resposta muito eficaz, numa situação em que a contração da atividade económica foi total, porque muita gente esteve em confinamento. Foi uma resposta adequada”, sublinhou.
Espera que os números do desemprego não aumentem mais? “Temos que estar preparados para tudo”, respondeu o ministro da Economia.
“O momento é de uma grande incerteza. A taxa de subutilização do trabalho em fevereiro, antes da pandemia, era ed 12,4%, agora ultrapassou os 15%, mas também verificamos que o ritmo de crescimento do desemprego claramente abrandou e em junho tivemos mais ofertas e colocações de trabalho do que em meses anteriores.”
“Vamos esperar que a situação estabilize. Temos que estar preparados para o caso de isso não suceder. Por isso, temos aprovados um conjunto de apoios a pessoas que caíram na inatividade e ter políticas ativas de emprego”, declarou Siza Vieira.
O governante afirma que, "agora que a atividade económica começa a retomar muito lentamente", o Governo está a canalizar os apoios para apoiar o pagamento dos salários das empresas que ainda não estão a trabalhar em pleno.