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Presidente do Novo Banco disponível para esclarecimentos no Parlamento "até em agosto"

29 jul, 2020 - 18:43 • Redação

Conselho de administração do banco garante que negócio de imóveis revelado esta semana, e sob análise da PGR, foi executado "de acordo com práticas bancárias adequadas".

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O conselho de administração do Novo Banco disse esta quarta-feira que está disponível para "prestar todos os esclarecimentos e garantir, no que lhe diz respeito, o cabal esclarecimento por quaisquer meios das dúvidas existentes" sobre a venda de 113 mil imóveis com potencial prejuízo para o Fundo de Resolução.

Em comunicado, os administradores do Novo Banco "registam – sem classificar – a circunstância de estar neste momento a ser publicamente comentada uma operação realizada, anunciada e auditada em 2018, a escassos dias de ser concluída a auditoria especial sobre esse período e antes de ouvidos os respetivos intervenientes, com base num artigo de Jornal".

Sobre o conteúdo desse artigo, publicado ontem pelo jornal "Público", o conselho de administração diz que "não contraditará até à divulgação dos resultados da auditoria em curso", executada pela Deloitte e que deverá estar concluída no final do mês.

"O Conselho de Administração esteve, está e estará sempre disponível para prestar todos os esclarecimento", é indicado no comunicado, que prossegue: "O Presidente do Conselho de Administração Executivo do Novo Banco [António Ramalho] não só está disponível para prestar todos os esclarecimentos no reinício dos trabalhos parlamentares como se disponibilizará em qualquer momento, até em agosto, se a Comissão de Orçamento e Finanças assim o pretender."

Face às notícias, o Novo Banco reafirma no mesmo comunicado que as operações realizadas sobre imóveis "sempre o foram de acordo com os princípios de boa conduta e práticas bancárias adequadas e seguramente na estrita obediência da lei e dos contratos assinados em 2017, incluindo a gestão partilhada dos ativos protegidos que eventualmente podem gerar perdas a suportar pelo seu acionista Fundo de Resolução".

A venda em questão está, neste momento, a ser analisada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e já suscitou críticas dos vários partidos com assento parlamentar.

O Presidente da República veio defender entretanto que "os portugueses têm direito a saber o que se passa, nomeadamente no passado recente, que envolve direta ou indiretamente o seu dinheiro" aplicado no Fundo de Resolução.

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