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Economia espanhola afunda 18,5% no segundo trimestre

31 jul, 2020 - 09:14 • Marta Grosso com Lusa

É a maior queda de sempre e incide sobre o tempo de confinamento e de estado de emergência no país.

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A economia espanhola registou uma queda histórica de 18,5% no segundo trimestre do ano, face aos primeiros três meses, devido ao confinamento para conter a epidemia causada pelo novo coronavírus, anunciou o instituto nacional de estatística espanhol (INE) nesta sexta-feira.

O recuo do Produto Interno Bruto (PIB) é o resultado de vários fatores, como o colapso do consumo das famílias (21,2%), do investimento empresarial em bens de capital (25,8%) e das exportações (33,5%), num contexto de paralisação da atividade e do encerramento das fronteiras, enquanto as despesas das administrações públicas cresceram 0,4%.

Segundo o INE espanhol, a quebra em termos anuais – ou seja, em comparação com o mesmo período do ano passado – é de 22,1%.

O emprego medido em horas trabalhadas caiu 21,4%, um decréscimo maior do que a destruição de empregos equivalentes a tempo inteiro, que caiu 17,7%.

Os números agora conhecidos vêm ao encontro da estimativa da autoridade fiscal espanhola (AIReF), que na quarta-feira previu um recuo de 20% no PIB.

Muitos estudos indicam, por outro lado, que a recuperação já começou – um processo ainda delicado e que por ser posto em causa pela quarentena imposta pelo Reino Unido a Espanha e por um eventual novo confinamento, devido à expansão de novos surtos.

No fim, o desempenho da economia espanhola – diz o “El Mundo” – dependerá da capacidade do Governo de controlar estes dois fatores.

Quer o Banco de Espanha quer a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) preveem quedas de 14% e 15% no PIB espanhol neste ano, em cenários ressurgimento significativo da infeção e reintrodução de medidas de distanciamento social.

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