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Novo Banco garante que venda de seguradora "foi transparente e competitiva"

10 ago, 2020 - 10:00 • Redação

Banco reage à notícia de que a Seguradora GNB Vida, atual Gama Life, foi vendida com 70% de desconto a um gestor condenado pela justiça norte-americana por corrupção.

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O Novo banco já reagiu à notícia de que a Seguradora GNB Vida, atual Gama Life, foi vendida com 70% de desconto. A instituição financeira garante que a venda foi “transparente e competitiva”, além de ter sido aprovada pelo Fundo de Resolução e de a “idoneidade” do comprador ter sido verificada pelo Regulador de Seguros.

O comunicado surge após a notícia do “Público”, que envolve o Novo Banco em nova polémica. Depois do caso da venda de imóveis com prejuízo a um fundo anónimo financiado pelo próprio banco, o jornal escreve agora que a Seguradora GNB Vida foi vendida com 70% de desconto a um gestor condenado depois pela justiça norte-americana por corrupção.

O texto começa por explicar que “concretizou a venda da totalidade do capital social da GNB - Companhia de Seguros de Vida, S.A. (“GNB Vida”) à GBIG Portugal, S.A., uma sociedade totalmente detida por fundos geridos pela Apax Partners, LLP no dia 14 de outubro de 2019, cumprindo o compromisso do Acordo Portugal/Comissão Europeia”, que obrigava a venda até ao ano passado.

De acordo com o banco, o valor de venda ascendeu “a um preço fixo inicial de 123 milhões de euros acrescido de uma componente variável de até 125 milhões de euros indexada a objetivos de distribuição constantes do contrato entre o Novo Banco e a GNB Vida para distribuição de produtos de seguros vida em Portugal por um período de 20 anos”.

Sublinhando que o Novo Banco e a GNB desenvolveram uma “parceria de longo prazo com incentivos partilhados”, com este contrato, a instituição bancária esclareceu também que assim pode garantir “a distribuição de produtos de seguros vida da GNB Vida em Portugal na rede comercial do banco, assim como promover a inovação financeira e a melhoria do cross selling dos produtos de seguros vida”.

“O preço final da transação foi o melhor e resultou de um processo organizado de venda, competitivo e transparente, com o acordo do Fundo de Resolução, em que o comprador obteve idoneidade por parte da ASF - Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões”, pode ler-se na nota de esclarecimento enviada às redações.

O negócio, datado de outubro do ano passado, gerou uma perda para o Novo Banco de quase 270 milhões de euros. O montante do prejuízo acabou por ser compensado com mais uma injeção de capital por parte do Fundo de Resolução, maioritariamente financiado pelo Estado.

Citado pelo “Público”, o Fundo de Resolução explica que o Novo Banco estava obrigado por Bruxelas a vender a participação na seguradora.

O comunicado refere-se ainda o jornal para dizer que a “campanha continuada do Público será analisada juridicamente pelo Novo Banco”.

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  • Cidadao
    10 ago, 2020 Lisboa 14:54
    O que é que "eles" haviam de dizer? Confessarem que mais uma vez fizeram favores a alguém, sabendo que quem vai pagar é cá "o Zé Contribuinte"? E nem demissões, nem ninguém vai preso, nem nada... O que é que essa Lucília Gago anda a fazer? Mil vezes a procuradora geral anterior... Esta, deve ter sido lá posta para não mexer em nada...
  • Augusto
    10 ago, 2020 Lisboa 12:52
    Nem transparente nem competitiva. Era preferivel demitirem TODA a " gerencia " do Novo Banco, e colocarem no seu lugar , uma das senhoras da limpeza, certamente eram bem mais capazes, de tomarem conta da xafarica.

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