10 set, 2020 - 19:55 • Lusa
A CGTP apresentou esta quinta-feira a sua política reivindicativa para 2021, que reafirma o aumento geral dos salários em 90 euros no próximo ano e do salário mínimo nacional (SMN) para os 850 euros a curto prazo.
Estas metas salariais tinham sido aprovadas no XIV Congresso da Intersindical, que se realizou em fevereiro, e foram agora aprovadas pelo seu Conselho Nacional como referenciais para o próximo ano.
“O aumento geral dos salários em 90 euros, a fixação do salário mínimo em 850 euros a curto prazo [dos atuais 635 euros] e a valorização das carreiras e profissões” são reivindicações que se mantêm.
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No documento reivindicativo aprovado, a central sindical considera que “no quadro da situação atual, com uma tendência de quebra económica, estas reivindicações são ainda mais importantes para os trabalhadores e para o estímulo ao desenvolvimento do país”.
“Estas reivindicações são centrais e constituem uma necessidade para a melhoria do nível de vida, a qual deve acompanhar o aumento das necessidades dos trabalhadores e das suas famílias”, defende a central sindical.
Segundo a CGTP, o aumento dos salários em 90 euros “terá impactos multifacetados, para além do aumento do poder de compra, em particular, na redução da pobreza laboral; no estímulo à formação profissional; na dinamização da procura interna; no aumento da receita fiscal; no acréscimo das contribuições sociais; na redução do endividamento das famílias”.
Por isso, a Inter defende o aumento geral dos salários em todos os setores de atividade, tanto públicos como privados, no âmbito da contratação coletiva.
Na quarta-feira o ministro das Finanças, João Leão, disse que espera que possa haver um aumento significativo do salário mínimo em 2021, mas Isabel Camarinha diz que esse aumento não pode corresponder apenas a 30 euros.
“Não sabemos o que significa para o ministro das Finanças um aumento do salário mínimo com significado, para nós um aumento com significado tem de ser um aumento substancial, que não poderia ser de 30 euros”, disse a sindicalista à agência Lusa, após uma reunião do Conselho Nacional da CGTP, em que foi aprovada a política reivindicativa para 2021.
[Notícia atualizada às 20h49]