10 set, 2020 - 20:04 • Lusa
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O presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF) considerou esta quinta-feira "extremamente positivo" o facto do Governo britânico ter isentado a Madeira e os Açores das medidas sanitárias impostas a Portugal continental relativamente à Covid-19.
"É uma medida extremamente positiva para nós [Madeira] e é uma vitória da política desenvolvida pelas autoridades regionais ao nível da Saúde e do Turismo", afirmou Jorge Veiga França.
"Isto, para nós, é uma vitória, o mercado emissor do Reino Unido é muito importante para a Madeira", disse, acrescentando que os Açores também estavam de parabéns e lamentando que o Algarve não tenha sido igualmente beneficiado.
Já nos Açores, o delegado da Associação de Hotelaria de Portugal considerou que a decisão britânica reforça que o arquipélago é um “destino seguro” quanto à Covid-19.
“É uma decisão bastante positiva, que vem reforçar que os Açores são uma região com segurança, são um destino seguro para viajar”, disse Fernando Neves à agência Lusa.
O Governo britânico retirou Portugal da lista de países seguros, com exceção das regiões da Madeira e Açores, e a partir de sábado obriga a cumprir uma quarentena de duas semanas ao chegar ao Reino Unido, foi hoje anunciado.
O delegado da associação hoteleira nos Açores realçou que o mercado inglês tem “alguma relevância” no fluxo turístico da região.
“O mercado inglês é importante, embora nós não sejamos os principais beneficiários da medida comparando com a Madeira, mas sempre é um mercado com alguma relevância”, assinalou.
Fernando Neves afirmou que a decisão britânica é “positiva” porque é também “uma forma de promover os Açores como destino” turístico.
“Os ingleses têm sido bastante rigorosos na seleção dos países e regiões e o facto de incluir os Açores, e também a Madeira, é também benéfico na divulgação e no reconhecimento dos Açores como uma zona segura”, afirmou.
Também a Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD) mostrou-se satisfeita pela decisão do governo britânico de não incluir os Açores e a Madeira na lista de regiões que obrigam ao cumprimento de quarentena no regresso.
“Ficamos muito satisfeitos com a colocação dos Açores e da Madeira no corredor livre com o Reino Unido, temos imensa pena que não se tenha mantido o corredor nacional também”, declarou à agência Lusa o presidente da CCIPD, Mário Fortuna.
O Governo britânico retirou Portugal da lista de países seguros, com exceção das regiões da Madeira e Açores, e a partir de sábado obriga os viajantes a cumprir uma quarentena de duas semanas quando chegam ao Reino Unido, foi hoje anunciado.
Para o representante dos empresários da maior ilha açoriana, esta é “uma boa noticia” para as regiões autónomas, recordando que os Açores têm “algumas ligações” com o Reino Unido “asseguradas pela Ryanair” e que a Madeira “tem muitas ligações asseguradas por várias empresas”.
“É evidente que acabamos por ganhar mais alguma coisa porque se alguém no Reino Unido estava com intenções de viajar para Portugal, os Açores e a Madeira ficam agora em vantagem, comparativamente com o resto do país”, afirmou.
Mário Fortuna realçou que esta medida é um “sinal positivo” dado pelo governo britânico quanto à segurança do destino turístico Açores.
“O nosso isolamento acaba por ser uma vantagem competitiva. O nosso isolamento e o controlo que tem havido do alastramento da doença nos Açores e na Madeira”, afirmou.
Em 2019 visitaram os Açores cerca de 33 mil turistas oriundos do Reino Unido, que mantém três voos semanais para os Açores, dois para São Miguel e um para a Terceira.