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Corredor Aéreo

Ministro da Economia diz ser “difícil” manter uma boa relação com Londres

11 set, 2020 - 07:30 • Redação

Portugal continental está outra vez fora do corredor aéreo turístico com Reino Unido.

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O ministro da Economia diz que vai ser difícil Portugal manter relações com o Reino Unido, depois deste ter colocado o país na lista negra dos corredores aéreos.

“Não é uma decisão correta, que seja fundamentada por razões objetivas de controlo da doença. O Reino Unido não cumpre o critério que definiu para a quarentena dos visitantes”, afirmou Pedro Siza Vieira, que falava aos jornalistas à margem da inauguração da nova sede da Auchan Retail Portugal, em Paço de Arcos.

O governante lembrou ainda que a União Europeia definiu que os países não devem aplicar “restrições à circulação” dos cidadãos dentro do espaço europeu.

“O governo britânico tem orientações que nos custam às vezes perceber. Acabamos de ver, ainda há poucos dias, que todo o acordo relativo à saída do país da União Europeia de repente parece estar a ser posto em causa. Portanto, é uma relação que procuraremos manter - nos melhores termos possíveis – mas é difícil com estas alterações de atitudes e comportamentos”, sublinha.

Já Marcelo Rebelo de Sousa fala numa “sensação de injustiça” e lamenta que o Algarve, em particular, tenha sido punido por esta decisão do Reino Unido.

Portugal foi incluído na lista dos países com "corredores de viagem" com o Reino Unido há três semanas, em 20 de agosto, porém o aumento contínuo do número de casos de infeção em Portugal terá pesado na decisão, que era esperada na semana passada, quando ultrapassou o valor de 20 casos por 100 mil habitantes.

Quem chegar a Inglaterra a partir dos destinos definidos pelo Governo depois das 4h00 de sábado, precisará cumprir 14 dias de quarentena. De fora ficam a Madeira e os Açores.

A situação epidemiológica de Covid-19 em Portugal agravou-se desde meados de agosto, de acordo com um estudo da Direção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), tendo sido registadas 3.909 novas infeções entre 17 e 30 de agosto.

A lista de "corredores de viagem" tem atualmente menos de 70 países e territórios, tendo sido excluídos desde julho Suíça, República Checa e Jamaica, Croácia, Áustria e a ilha de Trinidade e Tobago, França, Países Baixos, Mónaco, Malta, as ilhas Turcas e Caicos e Aruba, Bélgica, Andorra, Bahamas, Espanha e Luxemburgo.

Cuba, Estónia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia, o arquipélago de São Vicente e Grenadinas, Brunei e Malásia foram adicionados nas semanas anteriores.

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  • José J C Cruz Pinto
    12 set, 2020 ILHAVO 06:44
    Mas que maior DISPARATE poderíamos ouvir de alguém responsável, como é o caso? Será que alguém aqui pensa que esta declaração, se ouvida ou lida pelos responsáveis britânicos, teria como reacção outra coisa que não fosse uma grande GARGALHADA? Então é ou não é verdade que o nosso número de novos casos por 100 000 habitantes supera o britânico e cresce continuamente desde há várias semanas? Que lhes interessa se o nosso SNS tem estado, felizmente, capaz de responder, se o que lhes é crítico é como o deles responderá a um maior acréscimo de casos importados? Alguém pensa que a medida tomada pelos britânicos resulta de maldade ou estupidez? Estúpidos (ou loucos) somos e seremos nós por não termos encerrado e se não encerramos as fronteiras com Espanha, por exemplo. E mais: bem no final de contas, acabamos por ser ainda mais mesquinhamente interesseiros que os próprios britânicos!

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