21 set, 2020 - 15:44 • Sandra Afonso
A investidora angolana Isabel dos Santos rejeitou, esta segunda-feira, a associação dpo seu nome a esquema ilegal ou ilegítimo
A filha de José Eduardo dos Santos reage deste modo à notícia do semanário "Expresso", segundo a qual Isabel e o marido, Sindika Dokolo, foram alvo de dois relatórios sobre atividades suspeitas nos EUA, em 2013.
Em comunicado, Isabel dos Santos nega qualquer ligação ao esquema ilegal avançado pelo jornal, no âmbito de uma investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas. Segundo a nota, "a Engª. Isabel dos Santos ou as suas empresas nunca foram clientes de nenhum banco norte-americano", é por isso "completamente falso e difamatório que um banco norte-americano ajudou a Engª. Isabel dos Santos em transferências associadas à sua família e ao Estado angolano".
O comunicado explica que, "na qualidade de banco correspondente do banco BFA/BPI, o JPMorgan realiza pedidos de compliance regulares, solicitando informações sobre várias transações e de vários clientes do banco, o que é absolutamente normal". À altura dos factos, em 2013, "os pedidos de informação adicionais que suportavam estas transações foram solicitados pelos bancos e pelo supervisor e foram devidamente prestados".
Segundo a empresária "foi, ademais, verificado que não existia nenhuma situação anómala nem nenhuma irregularidade e que se tratavam de pagamentos efetuados no âmbito de atividades comerciais ordinárias e correntes".
Para Isabel dos Santos, é "clara a intenção de provocar danos reputacionais, pelo que se refuta estas falsidades e estas notícias regurgitadas e sem fundamento". A nota conclui ainda que "a Engª. Isabel dos Santos e o seu marido, Dr. Sindika Dokolo, não fazem parte de qualquer esquema ilegal e/ou ilegítimo de circulação de fundos no sistema bancário internacional ou norte-americano".
A notícia do Expresso surge no âmbito de uma investigação que junta o BuzzFeed News e o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), da qual o Expresso é parceiro, que estão a analisar mais de 2.000 documentos bancários confidenciais, que revelam como alguns dos maiores bancos mundiais terão sido usados em processos de fraude.