02 dez, 2020 - 15:01 • Cristina Nascimento
Imagine que quer um café quente em casa. Ou precisa de papel higiénico e não poder sair de casa. Imagine que pega no telemóvel, abre uma aplicação, encomenda o que precisa e que lhe é entregue em casa… por um drone. Pode parar de imaginar. Já é uma realidade.
A empresa Alphabet Wing foi a primeira a receber uma licença de entrega ao domicílio com recurso a drones e o negócio acelerou durante a pandemia.
“Tem sido uma experiência fascinante e temos estado a operar em novos sítios. A pandemia veio acelerar o nosso crescimento”, revela o presidente executivo da empresa, James Ryan Burgess, que esteve esta quarta-feira num dos painéis da Web Summit.
A Alphabet Wing está a operar nos Estados Unidos, na Austrália e na Finlândia. Entrega bebidas, refeições, bolos, chocolates e outros produtos. O limite é o peso. Os drones podem levar o que for, desde que não ultrapasse o quilo e meio de carga, a uma velocidade de 113 quilómetros por hora.
“Entregamos o café ainda quente”, garante Burgess. Mas esta não é a única vantagem deste sistema de entregas.
Burgess garante que a utilização de drones é não só mais rápido, mas também mais seguro e mais amigo do ambiente. O presidente da Wing estima até que o negócio terá tal forma asas para voar que estão a desenvolver também uma plataforma que permita fazer a gestão do tráfego aéreo de drones.
Questionado sobre se vale a pena usar uma tecnologia destas para entregar café, Burgess responde com um sorriso: “nós desenvolvemos a tecnologia. A comunidade fará uso dela como entender”.