03 dez, 2020 - 19:00 • Redação
O Estado terá de injetar mais mil milhões de euros na TAP no próximo ano, avança à SIC Notícias uma fonte próxima do processo.
Trata-se do dobro da verba que estava prevista no Orçamento do Estado para 2021.
As ajudas à TAP vão continuar em 2022 e 2023 e empresa corre o risco de ser liquidada sem uma reestruturação profunda, adianta fonte do governo citada pela SIC Notícias.
O Bloco de Esquerda (BE) apresentou esta quinta-feira um requerimento para que o plano de reestruturação da TAP seja apresentado no parlamento “em tempo útil” pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, um pedido de audição potestativo e com caráter de urgência.
“É incompreensível que o plano de reestruturação [da TAP] não seja conhecido. Sendo uma empresa tão importante, tendo o apoio público à empresa a dimensão que tem, não podemos aceitar que estas decisões sejam tomadas sem o devido escrutínio público, sem a garantia de que se está a proteger ao máximo o emprego desta empresa e o seu futuro”, condenou.
Por isso mesmo, o BE exige que “o Governo venha ao parlamento apresentar o plano de reestruturação em tempo útil para ele ser escrutinado”.
“Para ouvirmos o senhor ministro das Infraestruturas, entregamos hoje mesmo um requerimento para que venha à comissão, potestativamente e com caráter de urgência”, anunciou.
Segundo a deputada Isabel Pires, “o Governo prometeu incluir os sindicatos na negociação e não cumpriu”, tendo prometido igualmente que “o plano de reestruturação seria debatido, mas a data de entrega em Bruxelas aproxima-se rapidamente e não se conhece o documento”.
“Não podemos aceitar que assim seja pelos milhares de trabalhadores e respetivas famílias ou pelo peso que a TAP tem na economia portuguesa e nas exportações, que será fundamental”, justificou a deputada do BE.