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​Barómetro ACEGE. Maioria dos empresários diz que novos apoios não estão a chegar

05 fev, 2021 - 07:50 • Sandra Afonso

No inquérito deste mês, os empresários e gestores cristãos mostram-se pessimistas sobre o Plano Nacional de Vacinação e a esmagadora maioria não conta com um alívio das atuais restrições económicas, antes de abril.

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Os novos apoios não estão a chegar aos negócios, alertam metade dos inquiridos no barómetro da Netsonda, realizado junto dos filiados na Associação Cristão de Empresários e Gestores (ACEGE).

Nesta iniciativa que conta com a colaboração da Renascença e do "Jornal Económico", os empresários cristãos também se mostram pessimistas sobre o Plano Nacional de Vacinação e a esmagadora maioria não conta com um alívio das atuais restrições económicas, antes de abril.

Mais de 48% dos inquiridos diz que as novas medidas do Estado, em resposta à última vaga da pandemia, não estão a chegar às empresas. Apenas 16% já sentiu o apoio, enquanto os restantes não sabem ou não respondem.

Esta demora nas ajudas alimenta receios. A esmagadora maioria dos empresários da ACEGE acredita que, pelo menos, até ao final de março irão manter-se as atuais restrições à atividade económica (97,9%). Apenas 2% não alinha neste cenário.

Até lá as empresas continuam em confinamento, o que implica teletrabalho. Para a maioria é a continuação do confinamento de novembro/dezembro. Não aumentaram os funcionários em casa, apesar das regras mais apertadas para evitar incumprimentos (o governo deixou cair a necessidade de acordo entre as partes e aumentou as coimas para violações), quase dois terços diz que continuam os mesmos em teletrabalho. Só 28% indica um aumento do trabalho em casa, na actual vaga.

Apesar de serem reconhecidas várias vantagens no trabalho à distância, apenas 18% referem que a produtividade aumentou com esta alteração. Para mais de 68%, os trabalhadores estão menos produtivos.

Sobre o combate à pandemia, a maioria (74%) admite ter perdido a confiança no Plano Nacional de Vacinação, face às notícias de abusos na distribuição e dificuldade na produção. Apenas 25% ainda acredita nas datas apresentadas pelas autoridades.

Fica, no entanto, um alerta para trabalhadores, fornecedores e Governo: a esmagadora maioria dos empresários e gestores inquiridos (89%) já não conta com o crescimento da economia este ano, num cenário com novas vagas e novas estirpes.

Neste barómetro da Netsonda, que conta com a colaboração da Renascença e do "Jornal Económico", foram questionados 950 associados da ACEGE, entre os dias 2 e 4 de fevereiro, e validadas 143 respostas.

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