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TAP: PS satisfeito com "caminho de diálogo" entre trabalhadores e empresa

06 fev, 2021 - 17:04 • Lusa

O vice-presidente da bancada parlamentar do PS Carlos Pereira mostrou-se hoje satisfeito com o "caminho de diálogo" entre trabalhadores da TAP e responsáveis pela companhia aérea portuguesa, após anúncios de acordos coletivos de emergência.

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O vice-presidente da bancada parlamentar do PS Carlos Pereira mostrou-se este sábado satisfeito com o "caminho de diálogo" entre trabalhadores da TAP e responsáveis pela companhia aérea portuguesa, após anúncios de acordos coletivos de emergência.

"É com satisfação que o grupo parlamentar do PS observa que o caminho de diálogo e construção de solução e está a ser feito, tendo em conta os interesses dos trabalhadores, aparentemente com bons resultados", disse, em declarações à Agência Lusa.

Para o membro efetivo socialista na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, "há ainda muito caminho para fazer, no sentido do compromisso entre a companhia, o Governo e os trabalhadores".

"Mas as notícias são, nesta altura, boas notícias. O PS pretende continuar a acompanhar todo o processo para contribuir para que o diálogo se mantenha firme e bem consolidado", afirmou.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) anunciou hoje um acordo coletivo de emergência com a TAP, após dez horas de reunião com a empresa, e, sexta-feira, os sete sindicatos de trabalhadores de terra da TAP também já tinham chegado a um entendimento com a administração.

Os acordos preveem reduções salariais de entre 50% e 35%, entre 2021 e 2024, que já incluem o corte transversal de 25% aplicado a todos os trabalhadores, mas só para salários acima de 1.330 euros.

O plano de reestruturação da TAP, entregue em Bruxelas em 10 de dezembro, prevê a suspensão dos acordos de empresa, medida sem a qual, de acordo com o ministro da tutela, Pedro Nuno Santos, não seria possível levar a cabo a reforma da transportadora aérea.

O documento entregue à Comissão Europeia prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas.

O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo (30% no caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões comerciais.

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