15 fev, 2021 - 20:21 • Lusa
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O Sindicato dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV) exige legislação que defina como deve ser calculado o aumento do consumo de eletricidade e água em teletrabalho e que o apoio à família contemple pais em teletrabalho com filhos pequenos.
Lamentando que as afirmações públicas do Governo sejam no sentido de que, em contexto de teletrabalho, as empresas têm de pagar as despesas com telefone e Internet, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV) considerou-as "redutoras" por ignorarem "que os equipamentos são ligados à eletricidade e os trabalhadores gastam mais água".
Para o SINTTAV, porém, não basta que tal seja afirmado publicamente, sendo necessária "legislação que obrigue os patrões a assumir esse compromisso, porque enquanto tal não for feito, a situação não se altera".
Neste contexto, considera ser preciso "legislar com urgência" sobre "como é que o aumento de consumo é calculado", e como é que o pagamento "é solicitado às empresas e a partir de que data é que se aplica".
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Num comunicado hoje divulgado, o sindicato refere ter solicitado uma reunião urgente à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, à qual não obteve resposta.
A par das despesas com o teletrabalho, o SINTTAV exige também a atuação do Governo "sem mais demoras" na questão dos pais que se encontram em teletrabalho e que, por esse motivo, estão excluídos do apoio à família atribuído a quem tem filhos menores de 12 anos de idade e que foi reativado com o regresso do ensino à distância.
"É bem conhecida a situação dos trabalhadores que não podem estar no desempenho das suas funções de forma presencial e principalmente os que trabalham nos "call centers"", mas que "estando em casa, com filhos pequenos ao seu cuidado, não podem desempenhar cabalmente as funções de teletrabalho", sublinha o sindicato, acusando as empresas com funcionários nesta situação de "chutarem para canto".
Neste contexto, o SINTTAV considera urgente que o Governo "adapte a legislação" de forma a contemplar estas situações.
Estas questões levaram o sindicato a solicitar reuniões com os diversos grupos parlamentares com o objetivo de os sensibilizar para pressionarem o Governo a legislar.