16 mar, 2021 - 06:48 • Redação com Lusa
É lançado, esta terça-feira, o concurso público internacional para a conceção de uma nova ponte sobre o rio Douro, que permitirá concretizar a chamada “segunda linha” de metro de Vila Nova de Gaia. Vai custar, pelo menos, 50 milhões de euros.
A nova travessia para ligar o Porto e Gaia através de metro deve ficar entre as pontes da Arrábida e Luís I e servirá uma nova linha de Vila Nova de Gaia, entre a Casa da Música e Santo Ovídio.
À Renascença, o Ministro do Ambiente diz esperar ter os melhores do mundo a projetar a nova travessia. “Não sei quantos concorrentes vamos ter, mas espero ter os melhores projetistas de pontes do mundo inteiro. Afinal, não há muitas oportunidades de fazer uma ponte como esta.”
A nova estrutura “tem que falar muito bem com a Ponte da Arrábida. É uma ponte para o metro que naturalmente terá passeios generosos, onde se pode passar de bicicleta e andar a pé”, explica João Pedro Matos Fernandes.
No evento são também consignadas as empreitadas das linhas Rosa e prolongamento da Amarela do Metro do Porto.
No que se refere à Linha Amarela, em causa está o prolongamento de Santo Ovídio a Vila D’Este, em Gaia, enquanto a Linha Rosa constitui um novo trajeto no Porto entre a zona de S. Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música.
O Tribunal de Contas (TdC) deu luz verde às empreitadas de construção da Linha Rosa e de prolongamento da Linha Amarela até Vila d’ Este.
A nova Linha Rosa (Circular) integrará quatro estações e cerca de três quilómetros de via. Esta ligação, entre a zona de S. Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música, passa pelo Hospital de Santo António, Pavilhão Rosa Mota, Centro Materno-Infantil, Praça de Galiza e polo universitário do Campo Alegre.
O prolongamento da Linha Amarela entre Santo Ovídio e a zona residencial de Vila d’ Este vai permitir construir um troço com três estações e cerca de três quilómetros, passando pelo Centro de Produção da RTP e pelo Hospital Santos Silva.
O investimento global nestas duas linhas e nos 18 comboios contratados ultrapassam os 400 milhões de euros.
Em termos de impacto ambiental, estas obras vão representar menos 17 mil carros nas ruas da Área Metropolitana do Porto e menos quatro mil toneladas de emissões poluentes por ano.
Sobre a empreitada em Vila Nova de Gaia, o presidente da câmara, Eduardo Vítor Rodrigues, revelou na segunda-feira, à margem de uma reunião de câmara, que “arranca esta semana a montagem dos estaleiros”, sendo que um ficará perto do Hospital de Gaia, próximo da rotunda de Vila D’Este, estando um segundo previsto para Santo Ovídio, junto ao campo de ténis local.
A cerimónia de lançamento do concurso decorrerá nos Jardins do Palácio de Cristal. Além do primeiro-ministro, António Costa, no evento está também prevista a presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e do secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro.