01 abr, 2021 - 12:24 • Lusa
A Galp desmente a venda da sua participação nos projetos de exploração de gás em Cabo Delgado, Moçambique, que diz ter sido anunciada através de um "comunicado falso".
"A Galp desmente categoricamente as notícias publicadas na manhã desta quinta-feira sobre a sua alegada saída de projeto de gás natural em Moçambique. Estas notícias têm por base um comunicado falso a que a Galp é alheia", refere a petrolífera numa nota escrita enviada à agência Lusa.
A Lusa noticiou esta quinta-feira, com base num comunicado falso em nome da Galp, que a empresa iria vender a participação que detém nos novos projetos de exploração de gás em Cabo Delgado "devido ao clima de instabilidade, violência terrorista e corrupção em Moçambique".
A petrolífera italiana Eni e a americana ExxonMobil lideram o consórcio de exploração e gás natural da Área 4 da bacia do Rovuma, ao largo da costa de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma 'joint venture' em copropriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão.
A portuguesa Galp, a Kogas (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma participações de 10%.
No início de março, a Exxon adiou pelo terceiro ano consecutivo a Decisão Final de Investimento sobre o projeto de exploração de gás natural em Moçambique, colocando em dúvida o investimento de 30 mil milhões de dólares.
De acordo com a agência de informação Bloomberg, que cita o vice-presidente da empresa, Neil Chapman, durante uma conversa com analistas, não há previsão sobre quando será tomada a decisão de investimento na fábrica de gás natural na bacia do Rovuma, já que a petrolífera precisa de garantir o fornecimento de energia por parte da fábrica vizinha, operada pela francesa Total.