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Bosch e Universidade de Aveiro desenvolvem projeto 5G num investimento 8,5 milhões

05 abr, 2021 - 18:56 • Lusa

Projeto Augmanity visa implementação do 5G na indústria portuguesa.

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A Bosch e a Universidade de Aveiro (UA) estão a desenvolver o projeto Augmanity, que visa implementação do 5G na indústria portuguesa, num investimento de 8,5 milhões de euros até julho 2023.

"A Bosch Termotecnologia, em parceria com a Universidade de Aveiro, entre outras entidades do sistema cientifico nacional e empresas, está a desenvolver um projeto de inovação direcionado para o setor da indústria, que tem como foco principal o desenvolvimento e implementação de novas tecnologias relacionadas com indústria 4.0", refere a tecnológica alemã em comunicado divulgado esta segunda-feira.

O valor do investimento, até julho de 2023, é de "8,5 milhões de euros em investigação e desenvolvimento (I&D)", adianta a Bosch.

O projeto mobilizador Augmanity visa "permitir a melhoria da eficiência dos processos industriais, contribuindo para a sustentabilidade ambiental dos mesmos, potenciando o desenvolvimento e adequação dos processos produtivos de acordo com as características da população ativa, com o fator diferenciador de estar pensado para fomentar a atração, preparação e motivação dos recursos humanos para uma nova realidade industrial -- a Indústria 4.0".

No projeto -- organizado com base em cinco áreas tecnológicas (ergonomia industrial e robótica; "data science", IoT/5G, visão artificial, realidade virtual e aumentada e recursos humanos em ambiente i4.0) -- estão envolvidas 255 pessoas de várias empresas e entidades que fazem parte do consórcio.

"Da parte da Bosch são 61 os colaboradores afetos à I&D do projeto Augmanity, sendo que seis colaboradores altamente qualificados serão contratados especificamente no âmbito do projeto. A UA, como parceiro científico estratégico no projeto, alocou 55 investigadores e serão contratados 25 bolseiros de investigação para as várias áreas de I&D", refere a empresa.

O Augmanity conta com a participação de um consórcio constituído por diversas empresas nacionais e internacionais, onde estão, entre outros, a Altice Labs, a Ikea, Huawei, Microplásticos, Oli e Bosch Security Systems, como também entidades do sistema científico nacional, como o Centi -- Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes, o CCG - Centro de Computação Gráfica da Universidade do Minho, as Faculdades de Engenharia e de Ciências da Universidade do Porto, o Instituto de Telecomunicações, o Fraunhofer Portugal e a Universidade de Aveiro, num consórcio liderado pela Bosch Termotecnologia e que tem a UA como parceiro científico estratégico.

"O projeto mobilizador Augmanity constitui um exemplo de como a parceria entre a indústria e a academia pode ter um papel fundamental enquanto fator de competitividade para o futuro. Na Bosch estamos muito confiantes que este projeto, pela sua dimensão tecnológica e estratégica, pode ser efetivamente "mobilizador" e representar um impacto muito significativo para o futuro da indústria nacional, quer a nível dos processos industriais, quer até mesmos dos processos de negócio", afirma o responsável Internacional Indústria 4.0 na Bosch Termotecnologia Aveiro, Nelson Ferreira, citado no comunicado.

"A participação multidisciplinar de vários departamentos de ciências, engenharias e escolas politécnicas da UA é muito importante não só para a UA, mas para as empresas que participam no projeto, fazendo-se investigação industrial aplicada e com uma forte transferência de conhecimento para estas empresas", adianta, por sua vez, o vice-reitor para a investigação da Universidade de Aveiro, Artur Silva.

O Augmanity "é um exemplo de como se pode fortalecer a cooperação entre a UA e a sociedade, criando-se verdadeiras dinâmicas de investigação e inovação na região e no país", salienta o vice-reitor da Universidade de Aveiro para a cooperação, João Veloso.

O projeto é financiado pelo Portugal 2020 no âmbito do POCI e pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), terá duração de três anos e data de conclusão prevista para meados de 2023.

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