09 abr, 2021 - 07:00 • Eunice Lourenço
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Menos de um quinto dos empresários acredita que o desconfinamento vai continuar a decorrer como previsto e só um quinto acredita que as empresas resistem a uma eventual quarta vaga e a um novo confinamento – são alguns dos dados do Barómetro Netsonda para a Renascença, Jornal Económico e Acege – Associação Cristã de Empresário e Gestores, realizado esta semana.
Como mais de 200 respostas validadas, a esmagadora maioria dos empresários – 82,6% – considera que o processo de desconfinamento em curso vai ter travagens e retrocessos. Só 17,3% acreditam que o desconfinamento vai decorrer como previsto.
Face a uma eventual quarta vaga, 41% dos empresários que responderam acham que as empresas não resistem a um novo confinamento. Os que acreditam que as empresas podem ultrapassar mais uma paragem são 21,2%.
Mas esta resposta tem um dado curioso: 37% dos empresários não sabem ou optaram por não responder.
No que diz respeito ao futuro do país, as opiniões estão muito divididas, mas o pessimismo também ganha: 43% estão moderadamente pessimistas, mas 18,8% estão mesmo francamente pessimistas; 25,6% estão moderadamente otimistas, 10,6% não se decidem e menos de 1% – 0,97 – está francamente otimista.
Os números quase que se invertem quando se trata de responderem sobre a sua própria empresa. Aí, o otimismo vence, com 45% a declarar-se moderadamente otimista e 12% a assumirem que estão francamente otimistas.
Os francamente pessimistas são 2,4% e os moderadamente pessimistas ficam nos 15,9%.
No inquérito deste mês, os empresários também foram questionados sobre uma das recentes medidas do governo: a prorrogação do teletrabalho obrigatórios até dezembro. As opiniões dividem-se: 45,8% dos empresários concordam e 54,1% estão contra.
A polémica do momento – o alargamento dos apoios sociais aprovado no Parlamento – tem uma maioria esmagadora de apoio entre os empresários. Só 11,1% estão contra a atribuição de apoios a empresas e particulares mesmo que não estejam previstos no Orçamento do Estado.
Sobre outro dos assuntos da atualidade – o fim das moratórias em setembro – uma grande maioria, 74,8%, defendem que devem acabar desde que sejam substituídas por soluções alternativas de apoio; 16,9% respondem simplesmente que sim, devem acabar e apenas 8,2% defendem que não.