12 abr, 2021 - 13:23 • Lusa
O primeiro-ministro anunciou esta segunda-feira que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai ter uma verba de 252 milhões de euros autonomizada para financiar investimentos na investigação, na economia do mar e na segurança pesqueira.
Além dos 252 milhões de euros no âmbito do PRR, no que diz respeito especificamente ao setor do mar, António Costa referiu que a essa verba se juntarão ainda cerca de 300 milhões de euros provenientes do próximo Quadro Financeiro Plurianual, o "Portugal 2030", bem como fundos da ciência diretamente geridos pela União Europeia e aos quais as empresas e instituições portuguesas terão de concorrer.
António Costa anunciou estes investimentos no final de uma visita ao navio científico Mário Ruivo, no Alfeite, em Almada, em que também estiveram presentes os ministros da Defesa, João Gomes Cravinho, e do Mar, Ricardo Serrão Santos.
"No âmbito da discussão pública do PRR, o Governo tomou a decisão de autonomizar um capítulo próprio dedicado ao mar que mobilizará 252 milhões de euros, dos quais 30 milhões de euros alocados a uma iniciativa da Região Autónoma dos Açores e 222 milhões dedicados ao conjunto do país para o financiamento de atividades diversas", declarou o primeiro-ministro.
Segundo António Costa, serão financiadas atividades ligadas à investigação, à incubadora de empresas associadas à economia azul e à melhoria das condições de segurança da pesca.
"Este programa será bastante abrangente e vai complementar outros recursos, porque o conjunto do PRR é acessível as atividades dedicadas ao mar, seja na área do combate às alterações climáticas, seja no domínio da transição digital ou da resiliência", justificou.
Ainda em matéria de investimentos, o líder do executivo frisou ainda que o Quadro Financeiro Plurianual do Portugal 2030 é também acessível às ações do mar.
"No Quadro Financeiro Plurianual o mar terá na próxima década, tal como teve nesta, um programa específico que irá transcender os 300 milhões de euros. Além disso, há todas as condições, para podermos ser competitivos no acesso aos fundos diretamente geridos pela União Europeia, designadamente em matéria de ciência", apontou ainda o primeiro-ministro na sua breve intervenção.