29 abr, 2021 - 18:59 • Filomena Barros
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Manuel Sousa Lopes ainda não esqueceu as imagens que mostraram a Baixa vazia e as lojas fechadas, no início da pandemia. “É uma dor muito grande que sentimos”, desabafa o empresário que dedicou 50 anos à baixa lisboeta, e que é, atualmente, o presidente da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina.
À Renascença refere que já há lojas abertas, mas nem todas, “infelizmente, ainda não, porque há esplanadas que ainda não estão abertas e, obviamente, a restauração é um dos motivos pelos quais as pessoas vão à Baixa beber o seu café, o seu almoço ou a sua ceia”. Reconhece que “enquanto a restauração não abrir a 100 por cento, está a fazer muita falta, mas mesmo muita falta”.
Manuel de Sousa Lopes está a contar que, a partir da próxima semana, o desconfinamento permita mais aberturas, mas também diz que são precisos mais apoios. “Eu penso que a nossa Baixa vai precisar de tudo aquilo que seja necessário, quer da parte associativa, quer empresarial, quer camarária, quer do governo central, vai precisar de tudo!” Sobretudo, explica, porque a Baixa “é um bairro sem residentes, enquanto nós vamos para outros bairros, vamos a Alvalade, à Graça ou a Campo de Ourique, que são zonas residenciais onde o comércio local vai sobrevivendo com todos aqueles que vão fazendo as suas compras, muitos deles ainda com pouca confiança para se deslocarem para outra zonas da cidade”.
Acresce que “a Baixa vivia, como nós sabemos, com muito turismo que não está a chegar e não se prevê que chegue rapidamente.”
O balanço ainda vai ser feito, mas o presidente da Associação admite que “não podemos ignorar que alguns estabelecimentos, num pequeno número, poderão não vir a reabrir”. Por isso, defende que “um estudo terá de ser feito para preparar o futuro da nossa Baixa Pombalina e do nosso comércio e serviços”.
Para chamar pessoas à Baixa de Lisboa – e a pensar no Dia da Mãe – foram preparadas algumas iniciativas: Sexta-feira, dia 30 de abril, e sábado, 1 de maio, várias figuras públicas e alunos da Escola de Comércio de Lisboa estarão, num gesto simbólico, a distribuir flores a todas as mães que passem ao longo da Rua Augusta/ Praça da Figueira/Rua do Carmo/Rua 1º Dezembro.
Há também oferta de estacionamento na Praça da Figueira e entrada livre no Museu da GNR e no quartel do Carmo, no Teatro Dona Maria II e desconto de 50% na entrada do recente Centro Interpretativo da História do Bacalhau.