27 mai, 2021 - 18:36 • Filipe d'Avillez , Ana Carrilho
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O presidente da Confederação Portuguesa do Turismo aplaude “com duas mãos e fortemente” o facto de o Governo ter anunciado uma requisição civil para travar os efeitos da greve convocada pelo SEF para o mês de junho.
Esta quinta-feira, depois da requisição ter sido anunciada, Francisco Calheiros disse que não está em causa o direito à greve, mas o efeito sobre os empregos do setor que depende do turismo.
“É uma situação para a qual a Confederação Portuguesa do Turismo tem alertado muito, é uma situação inaceitável. Já dissemos que não está em causa o direito constitucional à greve, está em causa o direito a prejudicar milhares e milhares de empregos numa altura em que temos uma pandemia com mais de um ano, começamos a ver um bocadinho a luz ao fim do túnel, tivemos esta abertura do corredor turístico britânico, que como sabe os nossos concorrentes não tiveram, temos aqui três semanas determinantes em que as reservas têm de facto estado a cair com assinalável êxito, e de facto, pensar que algum turista, que vai ter controlo sanitário e de passaportes ainda vai ter uma greve do SEF e se calhar ainda vai levar mais tempo a entrar em Portugal do que propriamente o voo, é completamente inaceitável.”
“Aplaudo com as duas mãos e fortemente”, afirma.
Sobre as eventuais ameaças, de parte a parte, com a vinda de turistas britânicos para Portugal, Francisco Calheiros diz que não se coloca.
“Penso que neste momento Portugal é um destino perfeitamente seguro, o processo de vacinação, que começou mal, está a correr de uma forma muito eficiente. Esperamos ter muito brevemente a imunidade de grupo e nesse sentido não se prevê um revés, não se prevê de maneira nenhuma chegar onde estivemos há quatro ou cinco meses atrás.”
“Estamos a ter um pequeno aumento, penso que não é um receio, e mais, penso que a questão dos turistas, como se sabe, da parte do Reino Unido praticamente todos vêm com testes PCR negativos e, portanto, não há aí, com certeza, um problema”, conclui.