28 jun, 2021 - 08:50 • Olímpia Mairos
Os números não deixam margens para dúvidas. O negócio dos clubes de fitness em Portugal sofreu um duro abalo com a pandemia e a recuperação da atividade está dependente da evolução da crise sanitária e do sucesso da vacinação.
Em 2020 fecharam 300 clubes, cinco mil profissionais perderam o emprego e quase 200 mil praticantes abandonaram os ginásios. Já a faturação registou uma queda de 42%, para pouco mais de 167 milhões de euros. Os dados são avançados pelo "Dinheiro Vivo", que cita a Portugal Ativo - associação que representa o setor.
Como realça José Carlos Reis, presidente da Portugal Ativo, “o impacto foi enorme, porque no primeiro confinamento os clubes conseguiram ter alguma retenção de clientes com as aulas e treinos online”, mas em janeiro deste ano "a situação foi mais difícil, porque as pessoas estavam já cansadas do online e houve muitos novos cancelamentos".
Ainda assim, o setor não cruza os braços e prepara-se para apostar forte em planos de expansão, mas para tal defende apoios à retoma que contemplem também os desportistas.
O setor defende, concretamente, a dedução em sede de IRS de parte das despesas do praticante, benefícios em IRC para as empresas que pagam ou subsidiam a mensalidade dos colaboradores no ginásio e a redução da taxa do IVA, atualmente no teto máximo de 23%.
Apesar do forte impacto da pandemia no setor, as cadeias não tiveram nenhum apoio específico do Governo.