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Barómetro ACEGE

Maioria dos empresários defende remodelação do Governo

09 jul, 2021 - 08:20 • Sandra Afonso

Apesar de mais de metade não esperar benefícios do Plano de Recuperação e Resiliência nem sérios impactos com o último recuo no desconfinamento, a esmagadora maioria dos inquiridos dá nota negativa à prestação do executivo. A maioria antecipa ainda uma “bolha imobiliária”. É o resultado do barómetro deste mês da ACEGE, em colaboração com a Renascença, Jornal Económico e Netsonda.

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Mais de 66% dos empresários e gestores dizem estar pessimistas sobre o futuro do país e mostram o cartão vermelho ao Governo.

Cerca de 77% defendem uma remodelação que inclua as pastas ligadas à atividade empresarial (Finanças, Economia, Trabalho, Infraestruturas, Ambiente, Agricultura e Mar). Outros 17% continuam a defender novas caras no executivo de António Costa, mas sem especificar áreas.

Apenas 5% rejeitam a necessidade de mudar a equipa governativa.

Quando questionados sobre o que está mal na economia, 8 em cada 10 defendem que está demasiado dependente do turismo. Para 7 em cada 10, o preço da habitação é demasiado elevado e podemos vir a enfrentar uma “bolha imobiliária”.

Quando olham para a própria empresa, o cenário não é tão negro: quase metade até revela otimismo.

A maioria continua a afastar o recurso aos fundos que estão a chegar de Bruxelas – mais de 6 em cada 10 não contam beneficiar do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência). Apenas 10% têm projetos apresentados, enquanto 23% admitem receber indiretamente este apoio.

Sobre o atual recuo no desconfinamento, só 27% esperam um impacto grave nos resultados da empresa e 7% muito grave. São mais os que admitem um efeito moderado nas contas (37%).

Só 10% preveem diminuir os trabalhadores até ao final do ano, a maioria (63%) continua apostada em manter a força de trabalho e 27% esperam mesmo contratar. Ainda assim, a maioria das novas contratações será para trabalho precário: contratos a prazo (39%), prestação de serviços (24%) ou estágios profissionais (10%). Apenas 27% dos novos contratos poderá ser sem termo.

A fechar, uma curiosidade: a moda das criptomoedas ainda não convenceu os empresários e gestores cristãos. Uma clara maioria, mais de 9 em cada 10, diz nunca ter investido nem pensa colocar o dinheiro nestas moedas virtuais.

O barómetro do mês foi realizado entre os dias 5 e 8 de julho, junto dos associados da ACEGE.

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  • João
    09 jul, 2021 Viseu 09:08
    Não queremos remodelação, mas eleições antecipadas. Devolver o poder ao povo, perante tantas indignidades... Os socialistas, como todos os marxistas, sabem berrar, mas não governar bem para servir o povo português.

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