30 jul, 2021 - 13:31 • Lusa
O primeiro-ministro, António Costa, considerou esta sexta-feira como "sinais de recuperação animadores" o crescimento de 4,9% do Produto Interno Bruto (PIB) português no segundo trimestre do ano face ao primeiro.
"Os sinais de recuperação são animadores. Há é que prosseguir e continuar a trabalhar", afirmou o chefe do Governo, no final da cerimónia de apresentação do Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, nesta vila do distrito de Portalegre.
Questionado pelos jornalistas sobre os números do PIB, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), António Costa insistiu que são "um excelente sinal" da "resiliência da economia, com o conjunto de medidas que foram adotadas".
Esta combinação permitiu "sustentar o emprego", defendeu, referindo-se aos "números que ontem [quinta-feira] saíram" e que demonstram que o país tem uma "taxa de emprego idêntica" à que tinha no início da pandemia de Covid-19.
O primeiro-ministro foi também questionado sobre as afirmações do líder do PSD, Rui Rio, em entrevista ao semanário Expresso, em que disse que o PS ficaria partido se Costa saísse do Governo para um cargo europeu.
"Isso são coisas da política", respondeu o chefe do Governo e também secretário-geral socialista.
O Produto Interno Bruto (PIB) português registou um crescimento de 4,9% no segundo trimestre face ao primeiro, e de 15,5% face ao mesmo período do ano passado, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
"O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de 15,5% no 2.º trimestre de 2021 (-5,3% no trimestre anterior)", pode ler-se num destaque divulgado pelo instituto de estatística.
Segundo o INE, "esta evolução é influenciada por um efeito base, uma vez que as restrições sobre a atividade económica em consequência da pandemia se fizeram sentir de forma mais intensa nos primeiros dois meses do segundo trimestre de 2020, conduzindo então a uma contração sem precedente da atividade económica".
O ministro de Estado, da Economia e Transição Digital considerou esta sexta-feira que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português atingiu "um máximo histórico" e indica que a economia "recuperou bem" face ao contexto de pandemia da Covid-19.
“São muito bons níveis”, declarou Pedro Siza Vieira aos jornalistas à margem da visita que efetuou esta sexta-feira a uma empresa de produção e exportação de Vinho Madeira, no concelho de Câmara de Lobos, no decorrer da deslocação que efetua hoje à Madeira.
O governante salientou que os valores divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que o país registou, no segundo trimestre deste ano, “um crescimento relativamente ao ano passado de 15,5%, é o máximo histórico alguma vez registado em Portugal”, em comparação com o mesmo período de 2020.
“Isto significa que, apesar de termos tido uma grande contração da economia durante o primeiro trimestre por causa do confinamento, a economia recuperou muito bem, as nossas empresas conseguiram responder à procura quando ela se verificou”, argumentou o ministro.
Pedro Siza Vieira acrescentou que estes dados também colocam o país “num bom patamar para atingir, no final do ano, os valores que o Banco de Portugal antecipava, mais quase 5% de crescimento da economia”.
“Gostava de salientar que isto não é só a recuperação do consumo interno, mas é também impulsionado por um grande crescimento das nossas exportações”, sublinhou.
O ministro realçou que “as exportações portuguesas de bens durante o primeiro semestre deste ano estão acima daquilo que já se verificava em 2019”, frisando ser “um bom sinal também da competitividade das empresas exportadoras”.
O responsável reforçou que estes dados “são bons sinais”, porque indiciam que a economia está a conseguir criar emprego.
Recordou que na quinta-feira foi anunciado que Portugal atingiu “o máximo de população empregada na sua história da economia”, porque regista uma “grande redução de desemprego” e “grande criação de emprego”.
“Portanto, vamos ver se conseguimos recuperar deste impacto violentíssimo que a pandemia significou para as nossas empresas”, realçou.
Pedro Sousa Vieira referiu que as medidas de desconfinamento anunciadas na quinta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, após a reunião do Conselho de Ministro, podem permitir “continuar a ver a aceleração do crescimento da economia e chegar ao final do ano numa boa situação”.
O ministro opinou ter sido “muito importante que as empresas tivessem conseguido proteger o emprego”, recorrendo aos apoios lançados pelo Governo em todo o país.
Destacou a importância dos quase três mil milhões de euros dirigidos para apoiar o tecido empresarial, a fundo perdido, durante os primeiros seis meses deste ano, o que “deu a capacidade para as empresas aguentarem”.
“Vamos a ver agora se, com a recuperação do turismo e da atividade económica interna, conseguimos acelerar e consolidar estes ganhos”, apontou.
Siza Vieira referiu que, tendo em conta o que tem observado no Funchal, “com uma grande atividade no setor do alojamento e restauração”, espera que tal “pronuncie bons sinais para o terceiro trimestre”.
O ministro da Economia efetua hoje uma visita oficial à Madeira, tendo assinado um memorando com o Governo Regional que permite às empresas madeirenses aceder às linhas do Banco Português de Fomento direcionadas para o tecido empresarial, visitou uma empresa da área tecnológica, e vai reunir com empresários e o presidente da Câmara do Funchal.