21 set, 2021 - 17:13 • Redação
O ministro da Transição Energética anunciou esta terça-feira que o Governo vai travar a subida do preço da eletricidade no mercado regulado no próximo ano.
"Não haverá aumento do preço da eletricidade para os consumidores domésticos no mercado regulado no ano de 2022 e haverá uma redução de, pelo menos, 30% na tarifa de acesso às redes para os clientes industriais", disse João Pedro Matos Fernandes em conferência de imprensa.
O governante sublinhou ainda que se o mercado não regulado, no próximo ano, tiver tarifas mais altas do que o regulado, “a transação está à distância de um telefonema e é imediata”.
Para conter a escalada dos preços da eletricidade o Governo vai recorrer a um "conjunto de almofadas", explicou o ministro.
Preço vai ser atualizado a partir de 1 de outubro.
Cem milhões de euros vão ser poupados com a eliminação do sobrecusto com o contrato de aquisição de energia na central termo-elétrica a carvão do Pego e outros 100 milhões com a revogação do mecanismo de interruptibilidade.
O ministro também anunciou que as receitas extraordinárias do Fundo Ambiental, na ordem dos 270 milhões, vão ser destinadas a travar o aumento do preço para as famílias do mercado regulado, bem como a consignação da receita da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE), no valor de 110 milhões de euros.
"Estas quatro parcelas somam 430 milhões de euros", sublinha Matos Fernandes, a que se juntam 250 milhões provenientes de fontes de energia renovável.