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"Presas por arames". Empresas pedem que apoios saiam do papel

25 set, 2021 - 11:29 • Lusa

"Não podemos morrer quando estamos a chegar à praia", diz o presidente da Confederação do Turismo de Portugal.

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O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) instou o Governo a pôr em prática medidas de apoio que ficaram "no papel", porque as empresas "estão presas por arames" e corre-se o risco de "morrer na praia".

"Muitas das empresas [do setor do turismo], neste momento, estão presas por arames. E qual é o problema? O problema é que não podemos morrer quando estamos a chegar à praia. Quer dizer, estamos a ver a praia e este esforço de um ano e meio é fundamental que não seja infrutífero", considerou Francisco Calheiros, em entrevista à agência Lusa.

O presidente da CTP acredita que em março de 2022 o setor vai retomar a sua atividade normal, com a aproximação do Carnaval e da Páscoa, bem como com o fim do período de época baixa, que se inicia agora em outubro.

"Eu diria que em março nós vamos retomar a nossa atividade normal, são cinco ou seis meses", apontou, acrescentando que, no seu entender, o Estado deve "rapidamente" passar "do papel" à prática as medidas de apoio preconizadas ou mesmo criar outras medidas que ajudem as empresas a ultrapassar o período difícil.

O responsável reiterou os elogios à atuação do Governo no início da pandemia, no que diz respeito ao apoio às empresas, no entanto, considerou que, um ano e meio depois, "os apoios estão esgotados".

Francisco Calheiros lembrou a criação do Plano Reativar Turismo (PRT), com 6.000 milhões de euros, dos quais 4.000 milhões são exclusivamente para apoiar empresas.

"O programa está muito bem desenhado, fundamental, mas está no papel. Tem que sair do papel. Há 4.000 milhões para as empresas, há medidas fundamentais de capitalização das empresas, uma série de instrumentos financeiros para a capitalização das empresas, mas que não saíram do papel", considerou.

"Se há um ano e meio, se a medida demorasse uma semana ou duas não era grave, porque as empresas estavam muito capitalizadas, neste momento não há uma semana, ou duas, uma hora, ou duas. Cada hora que passa a situação é mais dramática, mais ainda quando daqui uma semana estamos a entrar na época baixa de outubro", alertou.

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