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Até seis mil empregos ameaçados. Setor automóvel pede regresso do lay-off simplificado

01 out, 2021 - 19:55 • Henrique Cunha

A falta de “chips” está a afetar, em particular, a indústria de componentes automóveis. A instabilidade no setor tem mesmo obrigado a paragens sucessivas na produção.

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Podem estar em causa entre cinco e seis mil postos de trabalho no setor automóvel em Portugal com a crise dos semicondutores, diz à Renascença o presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).

A falta de “chips” está a afetar, em particular, a indústria de componentes automóveis. A instabilidade no setor tem mesmo obrigado a paragens sucessivas na produção.

É neste contexto que José Couto, presidente da (AFIA) pede ao Governo o regresso do lay-off simplificado “para se evitar ter necessidade de despedir”.

Nos cálculos da AFIA e das suas associadas, podem estar em causa entre cinco a seis mil postos de trabalho.

José Couto revela que nas conversas mantidas com os agentes do setor “aquilo que nos dizem é que pode andar à volta de seis mil” e as empresas “querem reagir de forma a não perderem os trabalhadores”.

Para além da falta de semicondutores, o setor queixa-se também do preço das matérias que escasseiam na Europa a que se junta a falta de contentores para transporte e o preço da eletricidade.

José Couto afirma que esse conjunto de fatores "empurra a indústria dos componentes automóveis para uma situação muito critica do ponto de vista de manutenção da atividade".

Em Portugal existem, atualmente, cerca de 350 empresas no setor das componentes da indústria automóvel e a AFIA representa cerca de metade.

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