14 out, 2021 - 08:47 • Redação
O ministro da Economia não afasta totalmente a possibilidade de o Governo vir a mexer nos impostos sobre o combustível. Em entrevista à RTP, Siza Vieira diz, no entanto, que ainda é cedo para uma decisão.
Na perspetiva do ministro, é importante ser-se prudente, e “perceber se isto é uma coisa esporádica e excecional”.
Depois de o primeiro-ministro, António Costa, e outros colegas do executivo terem rejeitado liminarmente qualquer mexida nos impostos sobre o combustível, Siza Vieira diz que “gostava de ter mais visibilidade sobre o que vai suceder antes de alterar muito significativamente, não só a estrutura destes impostos, como também toda a estrutura da nossa fiscalidade”.
“Pode-se dizer que isto já dura há uns meses e o crescimento tem sido muito significativo”, acrescenta.
Na mesma entrevista, Siza Vieira rejeita ainda um entendimento com o PSD para a aprovação do Orçamento do Estado e diz que seria muito difícil para o Bloco de Esquerda e para o PCP explicarem ao eleitorado um eventual chumbo.
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Portugal voltou a registar uma nova subida no preço dos combustíveis, na segunda-feira, reforçando a sua posição como um dos países europeus com combustíveis mais caros, que já superam valores praticados há 10 anos.
No espaço de um ano, o preço da gasolina já aumentou 38 vezes e o do gasóleo 35. Na segunda-feira, o gasóleo subiu mais 3,5 cêntimos e a gasolina 2,4.
Atualmente, Portugal tem a sexta gasolina mais cara da União
Europeia e ocupa a sétima posição no diesel. São valores recordes que só se
comparam com os praticados em 2008 e 2011, quando protestos contra o aumento
dos preços dos combustíveis ameaçaram parar o país.
Os impostos são o fator que mais pesa no preço dos combustíveis: 59% no caso da gasolina e 53% no do gasóleo. Apenas 30% do preço final diz respeito ao custo à saída da refinaria, depois há que contar ainda com a incorporação de biocombustíveis que pesam 6,7% no gasóleo e 2,4 na gasolina.
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