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OE2022. “Vamos ter calma com as cedências”, avisa Confederação do Turismo

20 out, 2021 - 15:52 • Susana Madureira Martins , Marta Grosso

No final da reunião de concertação social, Francisco Calheiros criticou as cedências que o Governo pretende fazer “à extrema-esquerda” no âmbito do Orçamento do Estado para 2022.

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O presidente da Confederação do Turismo diz-se preocupado e defende a existência de limites nas negociações entre o Governo e os parceiros da esquerda política.

“Eu estou mais preocupado com o que está a acontecer neste momento em relação às medidas que estão a ser negociadas com a extrema-esquerda. Ainda ontem ouvimos na comunicação social o senhor primeiro-ministro dizer que se tem que estar muito aberto para estas negociações e que não podem haver linhas vermelhas. Nós não concordamos, achamos que tem de haver linhas vermelhas, porque tem de haver um limite de negociações e de cedências aos partidos de extrema-esquerda”, afirmou Francisco Calheiros no final da reunião com António Costa, no âmbito da concertação social.

Na opinião do representante de um dos setores mais afetados pela pandemia de Covid-19, “parece que às vezes nos esquecemos que estamos há um ano e meio em pandemia”.

“Eu recordo que os resultados do turismo em 2020 foi perder 63% do seu volume de atividade; em 2021, foi perder 53% do seu volume de atividade. Portanto, vamos ter alguma calma com o que se está a passar, com as cedências que se estão a fazer”, apela.

Da reunião desta quarta-feira, o Governo saiu sem acordo dos parceiros, sejam patrões sejam sindicatos. Todos consideram que a Agenda do Trabalho Digno não dá resposta aos problemas. Mas a ministra do Trabalho garante que o Governo não está isolado.

As propostas da Agenda do Trabalho Digno na quinta-feira a Conselho de Ministros. A última palavra será sempre da Assembleia da República.

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