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OE2022. CGTP diz que novas propostas é pouco, UGT satisfeita

23 out, 2021 - 12:37 • Marta Grosso com redação

É preciso valorizar as carreiras, defende isabel Camarinha. Já Carlos Silva considera que as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro na última noite são reivindicações da UGT.

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É pouco, diz a CGTP sobre o pacote de medidas avançado por António Costa depois da reunião com a comissão política do PS.

“O salário mínimo tem aumentado – de forma insuficiente, na nossa opinião, mas tem tido algum aumento, o que valorizamos. Agora, os outros salários mantêm-se praticamente congelados, o que faz com que os trabalhadores com experiência, com conhecimentos, muitos deles com muitos anos de trabalho não tenham a valorização das suas carreiras e estejam cada vez mais próximos do salário mínimo nacional”, contesta a secretária-geral da central sindical.

Isabel Camarinha acrescenta que também é insuficiente o anunciado aumento extraordinário das pensões, porque há muitas que ficam de fora.

“Esta atualização é bastante reduzida, portanto, é preciso aqui haver alteração também de fundo das tais opções que é preciso tomar e as opções pela valorização e pelo desenvolvimento o nosso país, garantindo que, de facto, se tomam as medidas que são necessárias para desenvolver a nossa economia, o nosso país e não aquela submissão às questões do défice e da dívida”, defende, em declarações à Renascença.

António Costa anunciou, já na madrugada deste sábado, um pacote de medidas que inclui o aumento extraordinário das pensões até 1.097 euros e o aumento de 40 euros do salário mínimo no ano que vem, para 705 euros.

Do lado da UGT, Carlos Silva mostra-se satisfeito: as medidas apresentadas “vêm ao encontro de um conjunto de propostas que a UGT também apresentou”.

“Se me perguntar se são bandeiras da UGT, são. Não são exclusivas nossas, mas vêm reforçar um conjunto de preocupações que nós sinalizámos na Agenda do Trabalho Digno, em sede de concertação social e daí, portanto, consideramos na generalidade positivas todas as medidas que o Governo apresentou”, sustenta.

São as reações das centrais sindicais aos anúncios feitos pelo primeiro-ministro, depois da reunião da comissão política nacional do PS, entre as quais se contam também a subida do mínimo de existência para 200 euros, o que isenta de IRS mais 170 mil pessoas; creches gratuitas até 2024, o reforço de verbas para transportes públicos e mais apoios para microempresas.

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