29 out, 2021 - 09:35 • Redação com Lusa
A economia portuguesa cresceu 2,9% no terceiro trimestre deste ano, quando comparado com os três meses anteriores. Já em termos homólogos, a subida foi de 4,2%.
Segundo o INE, esta evolução acompanha o aumento do ritmo de vacinação contra a Covid-19, após dois trimestres com resultados opostos: a forte redução do PIB no 1º trimestre (-3,3%), determinada pelo confinamento geral e um aumento de 4,4% no 2º trimestre, marcado pelo levantamento gradual das restrições à mobilidade.
“A dissipação parcial deste efeito de base traduziu-se num contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB menor que o apurado no trimestre anterior. Por sua vez, o contributo da procura externa líquida foi ligeiramente mais negativo no 3º trimestre, traduzindo um aumento das Importações de Bens e Serviços mais acentuado que das Exportações de Bens e Serviços. Refira-se ainda que, no 3º trimestre de 2021, o deflator das exportações e, em maior grau, o deflator das importações terão registado crescimentos expressivos, sobretudo relacionados com a evolução dos preços dos produtos energéticos e das matérias primas, prolongando-se a perda nos termos de troca observada no trimestre precedente”, pode ler-se.
O Governo prevê que o PIB cresça 4,8% em 2021 e 5,5% em 2022.
“Estamos num bom momento de recuperação, a convergir com a média europeia”, salientou o ministro da Economia, garantindo que o Governo tudo está a fazer para que a economia não se ressinta. “Ao longo destes últimos dois anos o mundo e a economia portuguesa foram confrontados com muitas incertezas.”
À margem da reunião do Conselho Nacional de Consumo, Pedro Siza Vieira disse que o crescimento de Portugal é superior à média da União Europeia e da Zona Euro.
“Relativamente aos números que já conhecemos dos outros países da União Europeia, Portugal cresce mais do que a média da União Europeia e da Zona Euro. Somos o terceiro país que tem um crescimento mais significativo depois da França e da Áustria e isso revela que estamos num bom momento de recuperação”, afirmou.
Tal como o Governo, o ministro da Economia remete a decisão de haver eleições para o Presidente da República. Contudo, caso sejam marcadas, Siza Vieira espera que aconteçam rapidamente, segundo declarações transmitidas pela RTP3, argumentando ainda que essa “clarificação” permitirá “superar esta incerteza que tem um impacto negativo sobre a economia”.
Na quarta-feira, a Assembleia da República chumbou o Orçamento do Estado para 2022, cabendo agora ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decidir sobre a possível dissolução do parlamento e a realização de eleições legislativas antecipadas.
“Eu diria que quanto mais cedo no início do próximo ano as eleições puderem ser, melhor é também para a economia portuguesa, para todos os agentes económicos e, diria eu, também para os cidadãos”, sublinhou o governante.
[notícia atualizada com a reação do ministro]