Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Frente Comum diz que inflação não pode definir aumentos salariais dos funcionários públicos

30 nov, 2021 - 20:16 • Lusa

A nota de imprensa da estrutura sindical da CGTP foi emitida após a divulgação da estimativa rápida do INE, que refere que a variação média anual em outubro da inflação foi de 1,02% e, retirando a habitação, foi de 0,99%.

A+ / A-

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública defendeu esta terça-feira que a inflação média a 12 meses não pode definir os aumentos salariais dos funcionários públicos, que perderam mais de 10% do poder de compra na última década.

"A inflação média a 12 meses (que não evolui obrigatoriamente em linha com o aumento dos preços ao consumidor) não pode ser a "base" para a revisão dos salários dos trabalhadores da Administração Pública. Estes trabalhadores perderam mais de 10% do poder de compra na última década e vão entrar no 13.º ano consecutivo sem aumento de salário", afirmou a Frente Comum num comunicado.

A nota de imprensa da estrutura sindical da CGTP foi emitida após a divulgação da estimativa rápida do INE, que refere que a variação média anual em outubro da inflação foi de 1,02% e, retirando a habitação, foi de 0,99%.

Assim, atualização salarial da função pública para 2022 deverá manter-se em 0,9%, como proposto pelo Governo, tendo em conta a variação média da inflação anual em outubro, publicada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Na última ronda negocial com os sindicatos, em 17 de novembro, a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, afirmou que para a atualização salarial dos funcionários públicos seria tida em conta a inflação anual verificada em 30 de novembro, descontada a deflação de 0,1% que se verificou em 2020.

"Atempadamente denunciámos que a última reunião de "negociação" apenas tinha como objetivo criar falsas expectativas. O Governo, ao afirmar que a atualização salarial poderia ser de outra percentagem, caso a inflação registada em novembro fosse de outro valor, sabia que isso só aconteceria se tivesse ocorrido uma subida absolutamente exponencial dos preços nas últimas semanas", salientou a Frente Comum.

A Frente Comum responsabilizou ainda o Governo pela falta de resposta "à necessidade de aumento geral dos salários" e reafirmou a sua reivindicação de um aumento de 90 euros para todos os trabalhadores.

"É imperativo uma política salarial diferente na Administração Pública, que valorize os trabalhadores", defendeu.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+