02 dez, 2021 - 15:13 • Ana Carrilho
A TAP lançou um programa que permite fazer alterações nas viagens sem custos acrescidos para o cliente, anunciou esta quinta-feira a administradora Silvia Mosquera, no Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagem e Turismo (APAVT).
A companhia aérea nacional tem em vigor, desde ontem, o programa “Compre com Tranquilidade” que, segundo a responsável da TAP, aumenta a flexibilidade em todas as tarifas, permitindo a alteração das viagens sem custos.
“Nestas condições de incerteza é o que temos de dar aos clientes”, frisou Silvia Mosquera. No entanto, a TAP acaba seguir os passos de outras companhias de aviação que já avançaram com esta modalidade.
No painel sobre “As tendências do consumidor, capacidade de oferta e velocidade da retoma”, Silvia Mosquera revelou que, neste momento, a TAP já opera a cerca de 80% do nível atingido em 2019.
A primeira categoria a recuperar foi a dos voos domésticos e de lazer; ao nível do corporate, a retoma está a ser mais lenta. As perspetivas para 2022 eram boas, mas Silvia Mosquera admite que os novos casos e a variante Ómicron da Covid-19 levaram à quebra imediata nas vendas.
Ainda em relação ao futuro da companhia aérea, a administradora disse que todos gostavam de receber como “prenda de Natal” a aprovação do Plano de Reestruturação, por Bruxelas.
Aeroportos nacionais recuperam tráfego
Os aeroportos portugueses estão a recuperar cada vez mais tráfego, embora não todos à mesma velocidade, revelou o administrador da ANA, Francisco Pita.
“Os números ultrapassam as perspetivas mais otimistas, embora condicionados pela situação pandémica”, afirma.
A recuperação global ronda os 80%. Em Lisboa, anda pelos 85% e Faro, 80%, mas na Madeira e Açores já se atingiram os níveis de 2019. Para Francisco Pita, nas regiões autónomas, o bom controle pandémico dos passageiros à entrada foi determinante para a sua afirmação como destinos seguros e para os bons resultados conseguidos.
Apesar de Lisboa ainda não ter atingido o mesmo nível de tráfego de 2019, há situações de pico em que a capacidade praticamente se esgota. Por isso, Francisco Pita considera que é fundamental e urgente aumentar a capacidade aeroportuária na capital.
Em 2019, a Portela recebeu 31 milhões de passageiros, número que se aproxima muito da capacidade de saturação desta infraestrutura.
O administrador lembrou que a ANA está preparada para avançar com a opção Montijo, um aeroporto que leva quatro anos a construir. Mas se a decisão governamental for outra, serão precisos mais anos para ter uma nova infraestrutura aeroportuária e com custos acrescidos.
Por isso Francisco Pita diz que” tudo depende de quando se toma a decisão e qual é”.