03 dez, 2021 - 15:25 • Ana Carrilho
O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) voltou a insistir, nesta sexta-feira, na necessidade de prolongar os apoios do Estado até à Páscoa para fazer face ao impacto da pandemia de Covid-19 no setor.
Durante a sessão de encerramento do 46.º congresso nacional da APAVT, que decorreu nos últimos três dias em Aveiro, Pedro Costa Ferreira retomou o tema que atravessou todas as discussões.
A associação não discute medidas de saúde pública, mas considera que “não é mais entendível, razoável e suportável que não se apliquem de imediato os apoios económicos às empresas e aos setores afetados”.
Depois de 20 meses de crise pandémica, as empresas – absolutamente fragilizadas – acumularam perdas e endividamento e não têm capacidade de resposta adequada, sublinhou. Ainda mais se não existe clarificação constante das restrições anunciadas, aumentando a dúvida, a confusão e a incerteza, referiu o dirigente associativo.
Por isso, Pedro Costa Ferreira deixou bem claro que é preciso que o apoio à retoma continue até à Páscoa.
Por outro lado, o programa “APOIAR.PT” deverá ser retomado, começando por pagar já o período de abril (quando foi suspenso) até dezembro e “projetando as consequências das novas restrições implementadas”.
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Logo de manhã, o ministro da Economia referiu que o apoio à retoma progressiva está em funcionamento, mas não pôs a hipótese de prolongar o programa para além de dezembro e até à Páscoa, como pedem os agentes de viagens.
Pedro Siza Vieira descartou a ideia de retomar o “APOIAR.PT”, mas falou na ideia que tem para um programa de redução da dívida para as micro e pequenas empresas, em que, por cada euro usado para esse efeito pela empresa, o Estado contribui com a mesma quantia – um programa que o ministro espera implementar ainda durante a vigência deste Governo.
Na sessão de encerramento, a secretária de Estado do Turismo, que foi elogiada por representantes dos diversos agentes do setor presentes no congresso, recordou a linha de apoio ao turismo, de 150 milhões de euros, que já está aberta com a vantagem de viabilizar ‘plafonds’ majorados para as agências de viagens – um dos sub-setores mais afetados pela pandemia.
Rita Marques não deixou, contudo, de lamentar e de considerar “desconcertante” que apenas 75% das agências de viagens tenham recorrido às várias linhas de apoio disponibilizadas pelo Governo.
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