13 dez, 2021 - 07:30 • Sandra Afonso
O processo eleitoral na Associação Mutualista Montepio, a maior do país, começa esta segunda-feira e termina na sexta-feira, dia 17. A votação sofreu alterações significativas, depois da participação ter chegado a 10% em 2018, quando Tomás Correia foi eleito pela última vez.
Atualmente, mais de 400 mil associados têm direito de voto, numa instituição que conta com cerca de 3.200 milhões de euros de poupanças. Ou seja, são cerca de 12 mil euros em média por associado, o que faz da mutualista a guardiã de pequenas poupanças.
As novas regras introduzem várias formas de votação. Além do voto por correspondência, que se mantém, foram alargados para 33 os locais físicos de voto, em 31 localidades, que antes se limitavam à sede, em Lisboa.
Em todas as capitais de distrito será possível votar presencialmente, entre os dias 16 (das 900h às 19h00) e 17 (das 9h00 às 17h00). Há ainda outras cidades que também terão locais de voto, como Almada, Gondomar, as Lages do Pico e Vila Nova de Gaia.
Eleições na Mutualista
Dois dos candidatos à presidência da associação do(...)
Em Lisboa e no Porto a votação presencial foi alargada a todo o período eleitoral, entre 13 e 17 de dezembro. Lisboa será o último local de voto a encerrar, às 18h00 do dia 17, sexta-feira.
Quem não se quiser deslocar, pode escolher um candidato a partir de um telemóvel, computador ou outro dispositivo do género. No entanto, a votação eletrónica obriga ao registo prévio, no site da instituição.
Quem optou por votar por correspondência, já recebeu os respetivos kits por correio.
Estas são as primeiras eleições sob a supervisão da ASF - Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.
Os associados são chamados a eleger quatro órgãos: o conselho de administração, o conselho fiscal, a mesa da assembleia-geral e a assembleia de representantes, um novo órgão, uma obrigação legal para associações mutualistas de maior dimensão.
Estão na corrida quatro listas, lideradas por Virgílio Lima (lista A), Pedro Corte Real (lista B), Eugénio Rosa (lista C) e Pedro Alves (lista D).
Virgílio Lima admite saída de “um número de pessoas significativo” (ouça a entrevista)
"Listas de Virgílio Lima e de Pedro Gouveia Alves trabalham para Tomás Correia”, diz Pedro Corte Real (ouça a entrevista)
“Tem que se retirar do banco Montepio os chamados ativos improdutivos. A Associação não pode tentar isso sem uma garantia do Estado", diz Eugénio Rosa (ouça a entrevista)
“Chicana eleitoral. Não tenho nenhum apoio do antigo presidente [Tomás Correia]", garante Pedro Gouveia Alves (ouça a entrevista)