14 dez, 2021 - 10:55 • Olímpia Mairos
Os 27 chegaram a um acordo sobre os totais admissíveis de capturas (TAC) e respetiva repartição de quotas para 2022, em águas do Atlântico e Mediterrâneo. Portugal garante mais carapau, tamboril e areeiro, mas menos pescada, linguado e lagostim.
O ministro do Mar considera que o acordo alcançado, após dois dias, é uma vitória para Portugal, porque as reduções são inferiores ao inicialmente proposto pela Comissão Europeia.
“Para a pescada ficou fixada uma redução de 8% face ao total admissível de captura em comparação com o total de captura admissível de 2021, em vez dos 18% propostos pela Comissão a que corresponde uma quota de 2. 284 toneladas”, adiantou Ricardo Serrão Santos em conferência de imprensa.
Já no caso do linguado “vai ocorrer uma redução de 5% face ao TAC (totais admissíveis de capturas) de 2021, em vez dos 15% da proposta da comissão”.
“A quota será agora de 400 toneladas” e, segundo o governante, “neste caso foi reconhecida a argumentação portuguesa” que defendeu que “a proposta inicial se encontrava desajustada à realidade deste manancial, uma vez que ela era feita com base na avaliação de uma única espécie a partir da qual se extrapolava a redução para as várias espécies de linguado que não são avaliados”.
O ministro disse, em Bruxelas, que o resultado das negociações das possibilidades de pesca para 2022 “comprova o esforço feito para a sustentabilidade”.
O acordo alcançado permitiu ainda - uma vez que as negociações com a Noruega tinham sido já concluídas - fixar os limites para as capturas de bacalhau na zona económica exclusiva do país, tendo sido estipulada uma redução de cinco toneladas.
Já o atum voador do Atlântico Sul terá um corte de 20%, para uma quota de 507 toneladas, e o patudo atlântico de 10%, podendo ser capturadas 2.824 toneladas na quota portuguesa no próximo ano.
A 44.ª reunião anual da NAFO acontecerá em Portuga(...)