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Novo Banco, Santander e BCP anunciam aumentos nas comissões

28 dez, 2021 - 19:43 • Lusa

Depósitos, créditos e outros serviços vão aumentar de preço. Isto, apesar de nos últimos meses já ter havido aumentos em vários bancos.

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Novo Banco, Santander Totta e BCP têm já programados aumentos de comissões bancárias para 2022, mas é expectável que os restantes bancos subam também comissões no próximo ano.

Segundo o aviso aos clientes, em março, o Novo Banco vai alterar os preços de muitos dos produtos e serviços, com aumentos designadamente em comissões de depósitos, de operações de crédito ou de pagamentos.

Por exemplo, nos depósitos, um depósito à ordem com valor acima de 35 mil euros vai passar a pagar o mesmo valor que abaixo de 35 mil euros, ou seja, 62,30 euros por mês.

Também comissões de créditos sobem. No crédito pessoal de 'leasing' mobiliário (exceto viaturas novas) a comissão de montagem de contrato passa para 400 euros nas operações em carteira, quando de momento é de 314 euros no prazo até três anos e 380 euros acima de três anos. As comissões de processamento destes créditos passam para 36 euros trimestrais (face a 33 euros).

Nos cartões de crédito também sobem as comissões, assim como há mexidas nas comissões de operações com cartões. Por exemplo, o cartão 'verde' passa de uma comissão de 10 euros para 15 euros e a substituição do mesmo cartão passa de 22,50 euros para 25 euros.

No Santander Totta, segundo informação enviada a um cliente a que a Lusa teve acesso, a partir de fevereiro a comissão da conta pacote sobe para 5,30 euros por mês e a comissão do cartão de crédito passa a 2,25 euros por mês (aplicável sob determinadas condições).

No caso do BCP, a informação pública é que no dia 5 de janeiro entram em vigor alterações nas comissões da conta 'standard empresas'. Mantém-se o valor da comissão (se o crédito foi menor que 250 mil euros são 199,92 euros anuais, se o crédito for de valor igual ou superior a 250 mil euros a comissão é de 60 euros anuais), contudo, a isenção dessas comissões passa a ser apenas para créditos de valor igual ou superior a 2 milhões de euros.

Quaisquer alterações no precário serão comunicadas aos clientes com 90 dias de antecedência, diz o BCP.

A atualização do preçário em 2022 deverá ser seguida por outros bancos, como acontece todos os anos. Os bancos, aliás, costumam alterar o preçário várias vezes por ano.

Sem prejuízo de eventuais alterações nos preçários em 2022, nos últimos meses deste ano vários bancos aumentaram comissões.

Fonte oficial da Caixa Geral de Depósitos disse à Lusa que não há novidades e que quando houver os clientes "saberão com tempo", como obrigam as regras. O BPI não respondeu até ao momento.

O polémico tema das comissões bancárias levou o Parlamento a legislar em 2020, isentando e limitando algumas comissões bancárias, o que foi criticado pelos bancos. Os bancos também criticam a proibição, em Portugal, de cobrarem nos levantamentos em caixas automáticas.

Em dezembro, em entrevista à Lusa, o especialista de banca da consultora McKinsey Nuno Ferreira disse que os bancos portugueses têm de se focar no crescimento e em "achar novas fontes" de receitas, designadamente no negócio não bancário, e sobre as comissões bancárias considerou que os clientes estão dispostos a pagar mas por serviços adicionais, e que é aí que bancos têm de apostar.

"Porquê aumentar mais comissões do cartão de crédito se os serviços são os mesmos? Porquê cobrar mais taxas no Multibanco se se devia tirar o 'cash' [dinheiro 'vivo'] da economia? Porquê ir pelo caminho mais fácil e não pelo serviço acrescentado", questionou Nuno Ferreira.

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  • Filipe
    28 dez, 2021 évora 22:59
    .... e andam a cobrar "despesas" proibidas por Lei montadas no caso do BCP em escritórios de advogados como a Plataforma Legal , uma máfia organizada contra o consumidor . O BCP cobra 60 euros IVA pelo Distrate de Hipoteca , a Lei proíbe esta comissão .

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