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​Renováveis abasteceram mais de metade do consumo de eletricidade em 2021

04 jan, 2022 - 16:17 • Sandra Afonso

A energia hidroelétrica já representa 27% da produção renovável e ultrapassou a eólica, com 26% em 2021.

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As energias de fontes renováveis abasteceram mais de metade do consumo de eletricidade em Portugal, em 2021, avança a REN – Redes Energéticas Nacionais.

De acordo com os dados divulgados esta terça-feira, no último ano a produção renovável abasteceu 59% do consumo em Portugal. Destaque ainda para os 31% de energia consumidos com origem não renovável.

A energia hidroelétrica já representa 27% da produção renovável e ultrapassou a eólica, com 26% em 2021. Segue-se a biomassa, com 7%, e a fotovoltaica, com 3,5%.

A eletricidade de produção não renovável, consumida no país no último ano, teve sobretudo origem no carvão (29%). A última central encerrada no final de novembro (Pego, em Abrantes) foi responsável por menos de 2% do consumo, o restante é importado.

Consumos aquém dos níveis pré-pandemia

O consumo de eletricidade aumentou no último ano. Registou-se uma subida de 1,4%, ou 1,7% com correção de temperatura e dias úteis.

Ainda assim, o país ainda não atingiu os valores de 2019, quando a pandemia não impedia a plena atividade da economia. Em 2021 o consumo ficou ainda a 1,7% do valor registado em 2019.

Destaque ainda para a queda do consumo de gás natural no último ano, em 4,6%, face a 2020. Uma descida explicada sobretudo com a produção de energia e a opção pelas renováveis. Face a 2019, a queda é de 6%.

Dezembro mais quente reduziu o consumo

No último mês o consumo de energia elétrica caiu 1%, face ao mesmo mês de 2020. Se considerarmos os efeitos da temperatura e o número de dias úteis, a descida aumenta para 1,8%.

Segundo o relatório da REN, dezembro foi um mau mês para a produção hidroelétrica, com o índice de produtibilidade a cair mais de metade. Já a produção eólica esteve em alta, com a produtividade acima da média.

Contas feitas, a energia com origem renovável abasteceu 66% do consumo em dezembro, a não renovável abasteceu 26%, os restantes 8% foram importados.

No mercado de gás natural, em linha com os condicionamentos que se têm vindo a registar no mercado internacional, o abastecimento caiu 18% no segmento convencional e 1% no consumo global, compensado pela produção elétrica.

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