05 jan, 2022 - 00:20 • Ana Carrilho
O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) acusa o ministro das Finanças de ser responsável por a Linha de Apoio ao Turismo, no valor de 150 milhões de euros, anunciada pelo ministro da Economia em setembro, ainda não estar disponível.
Em declarações à Renascença, Raúl Martins diz que o setor esperava que tudo estivesse resolvido até ao fim do ano.
Apesar do Banco de Fomento ter publicitado a Linha de Apoio ao Turismo no início de dezembro, os hoteleiros ficaram a saber, no contacto com as instituições bancárias, que faltava o protocolo, algo que depende da autorização do ministro das Finanças.
Por um lado, Raúl Martins elogia o ministro da Economia que, segundo afirma, “conhece bem a atividade económica do país, tem ideias e tem tido soluções”.
Por outro lado, o líder associativo refere-se a João Leão como um entrave à economia e diz que é por causa do ministro das Finanças que “custa sempre tempo demais” a concretizar as medidas de apoio ao turismo.
“O ministro das Finanças, pelo seu passado e pela sua atuação, tem sido opaco e negativo relativamente à economia. A economia, se não tiver o apoio das Finanças, só é prejudicada”.
O presidente da AHP pede, por isso, a intervenção do primeiro-ministro: “temos a barreira do ministro das Finanças e o senhor primeiro-ministro é que tem de decidir”.
A Linha de Apoio ao Turismo, com 150 milhões de euros, destina-se a apoiar a retoma sustentável do setor, nomeadamente através do reforço do fundo de maneiro das empresas viáveis.