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Discotecas apelam ao Governo que autorize autotestes à entrada

06 jan, 2022 - 17:13 • Henrique Cunha , com redação

Espaços de diversão noturna podem reabrir a partir de 14 de janeiro, mas os clientes devem apresentar teste negativo. Associação apela ao bom senso das autoridades para não "matar" o setor.

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O presidente da Associação de Discotecas Nacional, José Gouveia, quer que o acesso aos estabelecimentos seja possível através de um autoteste.

Em declarações à Renascença no dia em que foram conhecidas as novas medidas do Governo para conter a pandemia de Covid-19, José Gouveia diz que não é possível a execução de testes sempre que alguém quer sair à noite.

A autorização de reabertura a partir de 14 de janeiro “agrada” aos bares e discotecas, mas o setor pede mais flexibilidade na questão dos testes contra a Covid-19.

“Já fizemos um ensaio durante as primeiras semanas de dezembro, já percebemos que não é viável a realização de testes sempre que alguém quer sair à noite. Portanto, pede-se agora que sejam permitidos também os autotestes nas entradas das discotecas, com supervisão de um colaborador da empresa, e que as pessoas possam fazer o autoteste”, apela José Gouveia.

As pessoas com a dose de reforço da vacina há mais de 14 dias ficam dispensadas de apresentar teste negativo à entrada de vários locais onde o diagnóstico é obrigatório.

O presidente da Associação de Discotecas Nacional diz que essa medida é irrelevante no caso dos estabelecimentos de diversão noturna, porque têm “muito poucos clientes com mais de 65 anos”.

“Os nossos clientes são de camadas mais jovens. Embora haja o reforço dos professores e funcionários das escolas, os nossos clientes são mais jovens e a terceira dose de reforço não se aplica.”

Nestas declarações à Renascença, José Gouveia fala de um 2020 negro para os bares e discotecas, com “estocada final” na passagem de ano.

“O mês de dezembro para este setor representava um terço da faturação anual, num ano em que só abrimos no último trimestre, que neste último trimestre foi-nos roubado metade e, depois, na estocada final, é nos tirada a passagem de ano, que faz toda a diferença para este setor. Os prejuízos são fáceis de calcular, voltamos aos 100%”, lamenta o presidente da Associação de Discotecas Nacional.


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