23 fev, 2022 - 13:14 • Marta Grosso
O ano passado marca a retoma dos pagamentos a retalho, interrompidos com o período de maior incidência da Covid-19, em 2020, indica o Banco de Portugal num documento publicado nesta quarta-feira.
“No último ano, os portugueses efetuaram 3,1 mil milhões de pagamentos de retalho, no valor de 564,3 mil milhões de euros, atingindo novos máximos históricos”, indica o regulador.
“Estes números correspondem, respetivamente, a crescimentos anuais de 13,7% e 12,5% face a 2020 e de 3,3% e 7,9% face a 2019”, acrescenta.
Segundo mesmo comunicado, a pandemia veio destacar a preferência dos portugueses por instrumentos de pagamento eletrónicos e com maior recurso à tecnologia “contactless”.
“Em 2021, os portugueses fizeram mais 81 milhões de pagamentos com cartão do que em 2019, no valor de 12 mil milhões de euros (+3,1% e 8,8%, respetivamente)”, indica o comunicado do banco central.
São mais 108 milhões de operações com cartão do que em 2019, sendo que “o montante aumentou de forma ainda mais expressiva: 14,9% ou 65,4 mil milhões de euros”.
As transferências também aumentaram e foram “o único instrumento de pagamento com uma evolução positiva em plena pandemia”, lê-se.
Pelo contrário, “os levantamentos de numerário ficaram 9,2% aquém dos valores registados em 2019 (menos 2,8 mil milhões de euros)”, sendo que os levantamentos efetuados foram de “valor unitário superior”.
Se, em finais de 2019, menos de 10% dos pagamentos por cartão eram feitos com recurso à tecnologia “contactless”, em abril de 2020, logo no início da pandemia, essa passou a ser utilizada em cerca de 20% das compras.
E a tendência de utilização tem vindo a crescer, “reflexo da familiarização com esta tecnologia, da sua maior disponibilização e do alargamento do limite máximo ‘contactless’ para 50 euros”.
Por isso, “em dezembro de 2021, as compras ‘contactless’ representavam 40% dos pagamentos realizados com cartões nacionais e estrangeiros nos pontos de venda físicos em Portugal”, refere o Banco de Portugal.