24 fev, 2022 - 20:24 • Ana Carrilho
Dois anos depois, a Bolsa de Empregabilidade volta à FIL e, como é hábito, é uma das iniciativas da BTL, a Feira internacional de Turismo de Lisboa. O objetivo é promover o diálogo entre as empresas que procuram profissionais e candidatos, que estão disponíveis para trabalhar no setor do turismo.
Depois da interrupção por causa da pandemia de Covid-19, a Bolsa de Empregabilidade, que decorre nos dias 18 e 19 de março na FIL do Parque das Nações, conta com a adesão de cerca de 80 empresas que têm centenas de oportunidades de emprego para oferecer. Pela primeira vez, o evento repete-se em abril, no Porto.
“É muito bom sinal estarmos de volta depois da pandemia”, diz à Renascença António Marto, presidente da Associação Fórum Turismo, responsável pela Bolsa de Empregabilidade e pela realização das Feiras.
Em Lisboa, a Bolsa vai decorrer no âmbito da BTL, nos dias 18 e 19 de março e já tem garantida a participação de cerca de 80 empresas que têm centenas de empregos para propor aos candidatos. Representam vários setores, mas especialmente a hotelaria, restauração, animação turística, agências de viagens e também empresas de trabalho temporário. “Há de tudo um pouco, exceto da aviação que, neste momento, ainda não está a contratar”.
“O turismo precisa de pessoas qualificadas, mas não só. As empresas estão a retomar a atividade e precisam desesperadamente de gente. Por isso, nalguns casos, estão disponíveis para serem, elas próprias, a dar formação às pessoas que contratarem, com ou sem experiência. Estão disponíveis para preencher esses dois critérios: conhecimento e experiência”, diz António Marto.
O setor não escapa à fama de pagar mal e para António Marto, “não há que ter medo de pôr o dedo na ferida, esse é um dos problemas que o setor do turismo tem de ultrapassar, se quiser ser bem-sucedido”.
O presidente da Associação Fórum Turismo frisa que as empresas têm de oferecer aos seus trabalhadores confiança e condições que lhes mostrem que vale a pena pensar em fazer ali carreira, investir o seu conhecimento e dar o melhor.
“Para isso é preciso que alguma coisa mude e esta é a altura porque se as empresas não mudarem de atitude, não conseguirão contratar; sem pessoas não conseguem garantir o serviço aos seus clientes e se não fizerem, não conseguem encaixar receita. É tudo uma questão de mudança, mas acredito que estamos a iniciar esse novo ciclo, diz António Marto”.
A Bolsa de Empregabilidade é a maior feira de emprego no setor do turismo. Destina-se a jovens estudantes, profissionais, desempregados ou profissionais de outras áreas que pretendem mudar de profissão.
Do outro lado, a receber os currículos dos candidatos, estão empresas que procuram reforçar as suas equipas. Uma necessidade urgente porque, com a pandemia e a paragem da atividade, muitos foram os profissionais que procuraram alternativas de trabalho, dentro ou fora do país. A maior parte não regressou.
Com o alívio das restrições, as pessoas voltam a viajar e o setor do turismo tem de estar preparada para os receber.
A sexta edição tem novidades: além da Feira de Lisboa, está já agendada uma outra para dia 6 de abril, no Palácio da Bolsa, no Porto. Mais de meia centena de empresas já garantiram a participação.
Quanto aos candidatos que quiserem aparecer e “apresentar-se” através dos seus currículos, só têm de se inscrever no site oficial até à véspera dos eventos.
Para ajudar a divulgar as Feiras em Lisboa e no Porto, dias antes da sua realização, há um autocarro que vai circular pelas ruas das duas cidades.
A entrada é gratuita.