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Guerra na Ucrânia

​“É prematuro” antever descida do preço dos combustíveis

14 mar, 2022 - 11:46 • Filipa Ribeiro , Cristina Nascimento , Pedro Mesquita

Presidente da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas lembra que atual cenário é de grande imprevisibilidade e que ainda é necessário ver o comportamento dos mercados nos próximos dias. Antigo secretário de Estado da Energia corrobora e faz admite que um desagravamento das tensões negociais entre Rússia e Ucrânia pode ser decisivo.

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O preço do petróleo baixou esta segunda-feira. Mas, esta manhã, o preço do barril de Brent, valor de referência para o mercado português, tem-se mantido nos 110 dólares, um valor que há sete dias era de 139 dólares.

Se a descida do preço se mantiver até ao final da semana, é provável que o preço dos combustíveis acompanhe a descida, admite o presidente da Associação Portuguesa Empresas Petrolíferas (APETRO).

“Se se mantiver ao longo da semana a este nível vai dar uma média inferior à da semana passada, se os produtos refinados acompanharem esta tendência, é natural que acompanhem, com certeza que isso implicará depois uma descida.”

No entanto, alerta, ainda “é prematuro” antever esta redução.

“Hoje é segunda-feira não se sabe o que vai acontecer no resto da semana, temos de aguardar para ter mais dias fechados”, aconselha o presidente da APETRO.

O mesmo responsável acredita que a descida no preço do petróleo está relacionada com as notícias do fim de semana que dão conta de avanços positivos nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia, assim como a subida dos preços na semana anterior esteve relacionada com notícias sobre a previsível escalada de violência no terreno.

“É muito imprevisível o que se está a passar”, remata.

É, também, esta a leitura de Nuno Ribeiro da Silva.

Em declarações à Renascença, O antigo secretário de Estado da Energia e CEO da Endesa admite que, caso haja progressos no diálogo entre a Rússia e a Ucrânia, poderão estar criadas as condições "para uma diminuição dos temores que levaram os preços a saltar da maneira brutal que saltaram com a guerra, temos condições para esperar uma diminuição dos preços na bomba".

[notícia atualizada às 19h49 com declarações de Nuno Ribeiro da Silva]

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