07 abr, 2022 - 22:23 • Redação
A Associação Empresarial de Portugal diz que as medidas do Governo para a área da Economia “vão no caminho certo”, mas ainda são insuficientes. Empresários mostram-se preocupados com o discurso de Costa voltado para o futuro. “Para haver futuro é preciso segurar o presente”.
Após as medidas anunciadas esta tarde por António Costa, a Associação Empresarial (AEP) de Portugal diz que as medidas para o tecido empresarial “vão no sentido certo, mas ainda é pouco”.
Algumas das medidas como “suportar uma parte do aumento dos custos de gás das empresas intensivas em energia, redução do ISP e a redução do IVA para 13%” vão “dar alguma resposta aquilo que é necessário, mas é necessário intensificar alguma destas medidas e, acima de tudo, sermos céleres na sua execução”, afirma Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, em declarações à Renascença.
Luís Miguel Ribeiro mostra-se preocupado pelo discurso de António Costa ser demasiado focado no futuro. “Não nos adianta ter uma visão estratégica apenas do futuro porque nessa altura não teremos empresas capazes de estarem preparadas para essa ambição e estratégia”, afirma.
O Presidente da Associação Empresarial alerta que “é preciso atuar já para que o tecido empresarial não seja fortemente afetado e condicionado pela situação que estamos a viver”.
À Renascença fala ainda que “a situação que as empresas estão hoje a viver é uma situação que implica uma resposta para hoje e esta situação implica que haja uma capacidade de ação e implementação destas medidas o mais rápido possível”.
As medidas anunciadas hoje pelo primeiro-ministro são, segundo Luís Miguel Ribeiro, “um avanço no sentido daquilo que temos vindo a alertar”, explica.
As empresas estão agradadas com o programa, mas preocupadas com a situação atual. “Há o presente e há de haver um futuro que dependerá do presente que formos capazes de assegurar, tendo em conta a situação em que vivemos”, acrescenta Luís Ribeiro.
O Presidente da Associação Empresarial de Portugal remata que “para haver futuro é preciso segurar o presente”.