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OE 2022. "As pessoas não podem ter uma expetativa que vão ter uma redução significativa da fatura do IRS"

14 abr, 2022 - 11:37 • Filipa Ribeiro

O fiscalista Renato Carreira diz que, no entanto, não se pode falar num documento de austeridade.

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O fiscalista Renato Carreira afirma que o orçamento do Estado para 2022 não pode ser considerado de austeridade, uma vez que a carga fiscal é similar à dos anos anteriores. Ainda assim, diz que ninguém espere grandes diminuições no IRS.

“Falar em austeridade é excessivo porque não estamos a falar de um orçamento que tenha um aumento da carga fiscal. Não é um alívio significativo, mas temos algumas medidas de alívio. Em termos gerais as cargas fiscais mantém-se ao mesmo nível do que tínhamos nos últimos anos”

Entre as medidas apresentadas, Renato Carreira da Deloitte destaca o desdobramento do IRS.

O fiscalista alerta que apesar de serem um pequeno alívio as famílias não devem esperar grandes reduções.

Não podemos dizer que há um alívio do IRS, há alguma redução de alguns escalões, dos escalões intermédios, estamos a falar de poucas centenas de euros, a alguns nem isso chega. É uma pequena redução, que é sempre bem vinda, mas as pessoas não podem ter uma expetativa que vão ter uma redução significativa da fatura do IRS, porque não vão ter”.

O fiscalista Renato Carreira realça ainda que esta proposta de Orçamento do Estado é feito num contexto especial, num ano em que o PIB está a regressar aos valores pré-pandemia.

Por isso, é esperado que o Governo seja mais ousado na proposta para o próximo ano.

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