04 mai, 2022 - 12:04 • Diogo Camilo
As contas comerciais e governamentais podem ter de vir a pagar uma “pequena” taxa para estarem no Twitter, avançou esta quarta-feira o novo dono da rede social, o homem mais rico do mundo e líder da Tesla e Space X, Elon Musk.
Em resposta a um artigo da "CNN", no qual grupos de interesse apontaram que marcas podem boicotar o Twitter se a rede social alterar as suas políticas de limitação de conteúdos de discurso de ódio, Musk ironizou perguntando quem são as organizações que querem controlar o acesso à informação.
De seguida, atirou: “O Twitter será sempre gratuito para os utilizadores comuns, mas talvez venha a existir um pequeno custo para utilizadores comerciais/governamentais”, referindo que “algumas receitas são melhores que nenhuma”. Desde 2010 e nos últimos 11 anos, o Twitter teve lucro apenas por duas vezes - em 2018 e 2019.
Desde que chegou a acordo para a compra da rede social por 43,4 mil milhões de dólares, cerca de 41 mil milhões de euros, a 26 de abril, poucos são os planos conhecidos de Musk para o Twitter. O negócio foi financiado por 21 mil milhões de dólares do seu próprio dinheiro, com 12,5 mil milhões de empréstimos contra as suas ações na Tesla e o resto a vir de empréstimos a bancos.
Na última semana, Musk sugeriu várias mudanças ao Twitter, incluindo a disponibilização dos algoritmos que definem o que cada utilizador vê na rede social, a autenticação de todas as contas pessoais e o fim de “spambots”.
Em publicações que apagou de imediato, o dono da Tesla sugeriu ainda mudanças à subscrição do serviço premium do Twitter, ao fim de publicidade na rede social e à criação de uma opção para o pagamento através da criptomoeda dogecoin.
A “Reuters” avançou também que o multimilionário transmitiu a bancos que iria desenvolver novas maneiras de monetizar tweets que contêm informação importante ou que se tornam virais.
Na terça-feira, Musk criticou a Apple e a Apple Store, que acusa de cobrar um imposto de 30% sobre as receitas de programadores que faturam mais de um milhão de dólares por ano. Quem recebe menos do que esse valor paga uma taxa de 15%, mas Musk defende que esta deve ser “10 vezes inferior” a 30%, ou seja, 3%.