10 mai, 2022 - 15:21 • Sandra Afonso
O consumo de combustíveis disparou entre janeiro e março deste ano. São dados avançados pela Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO), que comparam com igual período do ano passado, altura em que a atividade económica ainda estava com várias restrições, no âmbito do combate à Covid-19.
No entanto, face ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2021), observa-se uma travagem na aquisição de combustíveis: consumo total de combustíveis rodoviários líquidos diminuiu 88,4 mil toneladas (-6,4%).
Por tipo de combustível, observa-se uma diminuição, de um trimestre para o outro, de 9,6% na gasolina, 5,7% no gasóleo e 9% no GPL Auto.
Já o consumo de gás butano subiu, em comparação com o período homólogo (mais 10,2%) e face ao trimestre anterior (mais 50,3%).
No gás propano, muito influenciado pelo tempo quente fora de época, o consumo entre janeiro e março foi inferior ao período homólogo em 2,8 mil toneladas (-1,6%). Em relação ao trimestre anterior, subiu 68 mil toneladas (+65,2%).
A APETRO compara também o consumo no primeiro trimestre de 2022 com o período homólogo antes da pandemia, o primeiro trimestre de 2020, e conclui que este ano se venderam mais 31 mil toneladas.
As famílias estão a pagar mais pelo gás de garrafa. Segundo a APETRO, o preço médio de venda ao público do butano subiu 7,1 cent/kg (cêntimos por quilograma, +3,0%) em termos trimestrais, e 49 cent/kg (+25,3%) face ao mesmo período do ano anterior.
A justificação dada para este agravamento é a “cotação média (+15,0 cent/kg), que absorveu a descida dos custos médios de Armazenagem Distribuição e Comercialização (-9,2 cent/kg). O IVA subiu 1,3 cent/kg, derivado da subida do PMVP”, diz a Associação.
No gás propano, vendido a granel, o PMVP caiu no primeiro trimestre 3,3 cent/kg (-1,6%), face ao trimestre anterior. Já na comparação homóloga regista-se um aumento de 38,9 cent/kg, (+23,9%).
Mais uma vez, este agravamento é justificado com “a subida da cotação média (+8,8 cent/kg), que absorveu parcialmente a descida dos custos médios de Armazenagem, Distribuição e Comercialização (-11,5 cent/kg)”. O IVA desceu 0,6 cent/kg, com a diminuição do PMVP.