26 mai, 2022 - 20:27 • Sandra Afonso
O défice caiu 84% nos primeiros quatro meses do ano, para 782 milhões de euros, indicam os dados da execução orçamental revelados esta quinta-feira.
Trata-se de uma melhoria de 4.272 milhões em comparação com o mesmo período de 2021, altura em que a pandemia teve grande impacto nas contas públicas.
Este é o primeiro mês de execução do ministro das Finanças, Fernando Medina, que vê nestes números “a melhoria da atividade económica e do mercado de trabalho bem como a redução dos encargos associados às medidas de prevenção e combate da Covid-19, em face da melhoria verificada na situação pandémica”, refere em comunicado.
Estes são valores em contabilidade pública, diferentes dos que são enviados para Bruxelas, que vão em contabilidade nacional.
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Ainda assim, apontam para o crescimento da receita, que deu “um salto de 15% nestes quatro primeiros meses - o que poderá já estar influenciado parcialmente pela aceleração da taxa de inflação”.
Pelo contrário, a despesa pública caiu 1,8%, com a retirada das medidas Covid-19. Sem considerar essas medidas, a despesa cresce 2,1% em termos homólogos.
A beneficiar a despesa está ainda a redução de 11,5% com juros e outros encargos, que chega a 368 milhões.
Já o SNS continua a pesar nas contas. Agravou a despesa até abril em 6,9%, em comparação com os primeiros quatro meses de 2021.
O impacto é agora menor mas, até abril, as medidas de resposta à pandemia estão avaliadas em 1.461 milhões de euros.
Do lado da receita, as medidas extraordinárias chegaram aos 240 milhões, entre elas estão: a prorrogação do pagamento do IVA e o encaixe da revenda de vacinas a países terceiros.
Na despesa, o impacto é de 1.221 milhões. Destacam-se os apoios ao rendimento das famílias, ao setor da saúde e às empresas.