02 jun, 2022 - 15:37 • Sandra Afonso
Os números são de abril e apontam para uma subida da inflação nos 33 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em comparação com o mês anterior e o período homólogo. A alimentação está mais cara, mas a energia desceu.
Segundo os dados publicados esta quinta-feira, foi sobretudo o aumento dos alimentos que fez subir os preços de 8,8% em março, para 9,2% em abril.
Se excluirmos alimentos e energia, a inflação subiu para 6,3% em abril, contra 5,9% no mês anterior.
Ainda de acordo com estes dados, só nos alimentos e serviços, a inflação fixou-se em 11,5%, uma subida face aos 10% de março.
Nos serviços, chegou aos 4,4%, depois de ter registado 3,9% no mês anterior.
Este agravamento só foi parcialmente compensado pela desaceleração temporária dos preços da energia para 32,5% (menos 1,2 pontos percentuais do que em março).
Nove países da OCDE apresentam taxas de inflação de dois dígitos. As taxas mais elevadas registam-se na Turquia e na Estónia (em maio já ultrapassaram os 20%, segundo o Eurostat).
No sentido contrário, seguem cinco países, onde a inflação está em queda, entre eles está a Itália, a Espanha e os Estados Unidos.
Portugal registou uma inflação de 7,2% em abril, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). A estimativa rápida já aponta para 8% em maio, o valor mais alto desde 1993.